quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nordeste é a nova fronteira do desenvolvimento brasileiro

 Blog do Planalto


Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 às 19:01

Nordeste é a nova fronteira do desenvolvimento brasileiro


A Fiat não instalou sua nova fábrica brasileira em Pernambuco porque o presidente Lula é de lá ou porque o governador Eduardo Campos tem olhos azuis. A empresa sabe que o Nordeste está se desenvolvendo a passos largos e é a nova fronteira do País a ser desbravada, por isso não perdeu tempo, afirmou o presidente Lula durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. O Nordeste que antes só aparecia nas estatísticas por seus problemas de analfabetismo, desnutrição e mortalidade infantil, agora forma cada vez mais doutores, qualifica profissionalmente sua juventude por meio das escolas técnicas e vê a geração de emprego e renda crescer com a instalação da indústria naval e petroquímica nos estados da região. E assim o País fica mais justo e equilibrado, afirmou o presidente:
“Não era possível o Brasil continuar dividido entre o País miserável exportador de desempregado para o restante do País e o Brasil que recebia quase tudo. Este País tem que ser mais igual, dando oportunidade a todas regiões. (…) O Nordeste precisa de mais indústrias e mais empregos, porque nós temos que recuperar as décadas perdidas. Eu não esqueço a razão pela qual eu saí da minha Caetés no dia 13 de dezembro de 1952. A causa chamava-se fome. E nós não queremos que isso aconteça mais com o Nordeste. Nós queremos que nordestino vá a SP a turismo, como o paulista vem para cá a turismo.”

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Reconhecimento sul-americano da Palestina cria debate em Israel

Carta Capital

27 de dezembro de 2010

Reconhecimento sul-americano da Palestina cria debate em Israel 

Viviane Vaz, de Jerusalém

A pedra no sapato da direita israelense pode virar uma bola de neve. A decisão de mais um país sul-americano em reconhecer o estado Palestino evidenciou ontem as diferentes posições políticas que integram a coalizão de governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu. Em resposta ao reconhecimento do Equador à Palestina, o ministro de Trabalho, Indústria e Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, afirmou ontem que este ato dos governos sul-americanos deve se repetir em todo o mundo em 2011 e ser seguido até pelos Estados Unidos. Por outro lado, o vice-chanceler, Dani Ayalon, disse aos principais noticiários de TV que “ficaria muito surpreso que esta previsão (do ministro do Trabalho) ocorra”.

Na véspera de Natal, o presidente equatoriano, Rafael Correa, continuou a onda de reconhecimentos iniciada pelo Brasil e Argentina no início do mês e seguida pela Bolívia –que admitiu a existência do novo Estado em 22 de dezembro. “Não me surpreenderia que dentro de um ano o mundo inteiro apoie um estado palestino, inclusive os Estados Unidos. Depois nós perguntaremos onde estávamos e o que fizemos”, disse neste domingo Ben-Eliezer, do partido trabalhista,durante a reunião semanal do gabinete de ministros. Em Israel, o domingo inicia a semana e é um dia laboral.

“Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguir um diálogo com os palestinos, mesmo que o preço seja o congelamento das construções por vários meses”, afirmou Ben Eliezer. O ministro do Trabalho também ressaltou que espera que o movimento Hamas “pare de atirar foguetes de Gaza”. “Não temos interesse em aumentar o conflito. Não temos outra alternativa que responder”, completou.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Negócios entre a China e os países africanos bateram novo recorde em 2010

Agência Brasil


24/12/2010

Negócios entre a China e os países africanos batem recorde no ano

Eduardo Castro

Correspondente da EBC na África


Maputo (Moçambique) – O volume de negócios entre a China e os países africanos bateu recorde em 2010. De acordo com números chineses citados pelo jornal China Daily, o total atingiu US$ 114,8 bilhões (aproximadamente R$ 194 bilhões), 43,5% a mais que no ano passado.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial da África, à frente da União Europeia ou dos Estados Unidos. Mais da metade do volume exportado pelo país é de maquinário pesado e produtos eletrônicos. A maior parte das vendas africanas é de produtos agrícolas.

A China também faz grandes investimentos diretos no continente, que totalizaram US$ 9,3 bilhões em 2009 (cerca de R$ 15 bilhões), em mais de 500 projetos, em áreas como mineração, infraestrutura, manufatura e tecnologia.

Crescimento econômico, elevação da escolaridade, e desigualdade social, correlações verdadeiras e causalidades imaginárias

Carta Capital

24/12/2010

Crescimento econômico, elevação da escolaridade, e desigualdade social, correlações verdadeiras e causalidades imaginárias

Coluna do Leitor 24 de dezembro de 2010 às 15:39h

Por Valerio Arcary*


Duas luvas da mão esquerda não perfazem um par de luvas.Duas meias verdades não perfazem uma verdade.

Eduard Douwes Dekker, alias,  Multatuli (1820/87) Ideias.

Se o vaso não está limpo, tudo o que nele derramares se azeda.

Horácio (65-68 a.C.) Epístolas 1.2.
                                                                                                                                                       

O ano de 2010 se aproxima do fim e o Brasil, de resto, como costuma acontecer nas vésperas de todos os Natais, procura se reconciliar consigo mesmo e entra em “estado alterado de consciência”: o otimismo ingênuo de que, apesar de tudo, vamos bem. Essa é a tradição política do país e um dos traços peculiares de sua classe dominante. As retrospectivas na grande mídia são o momento culminante da infantilização política da sociedade. A divulgação do Plano Nacional de Educação serviu para que, mesmo em um tema especialmente embaraçoso, porque vergonhoso, seja possível um último suspiro de alívio. Os objetivos do Plano são ambiciosos, como devem ser todos os planos. E o argumento central do Plano é que é possível atingi-los elevando, em mais de uma década, o orçamento da educação Nacional de 5% para 7% do PIB, porque haveria sinergia entre a conquista das metas para a educação e o crescimento econômico, racionalizando recursos. Mesmo entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), muito identificadas com o governo, adiantaram a defesa da reivindicação de um investimento de 10% do PIB.

O argumento deste artigo é que as metas do Plano, tal como foram apresentadas, não são possíveis com os recursos previstos. Não é sequer possível demonstrar uma causalidade direta entre a elevação da escolaridade e a redução do desemprego, ou entre o crescimento econômico e o aumento da escolaridade. As correlações entre estes indicadores existem, mas processos complexos têm múltiplas determinações que não se resumem a somente uma variável. Os dados disponíveis sugerem uma causalidade direta entre o crescimento econômico e a redução do desemprego, e entre a redução da desigualdade social e o aumento da escolaridade. Tudo o resto são ilusões.

Último pronunciamento oficial do Presidente Lula

 

http://www.youtube.com/watch?v=6X7YNcOM3Rw

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A importância do Protocolo de Nagoya para a preservação da biodiversidade


Entrevistas Agência Fapesp



Marco histórico

15/12/2010

Por Fábio de Castro, de Bragança Paulista (SP)

Agência FAPESP – A importância do acordo conseguido no fim de outubro na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10) – que teve participação decisiva de negociadores brasileiros – foi enfatizada pelo secretário-executivo da Convenção da Biodiversidade, Ahmed Djoghlaf, durante a conferência internacional Getting Post 2010 – Biodiversity Targets Right, em Bragança Paulista (SP).

Realizada pelo Programa Biota-FAPESP, pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a reunião, que termina no dia 15 de dezembro, marca o encerramento do Ano Internacional da Biodiversidade.

“Acredito que o Protocolo de Nagoya é um dos mais importantes acordos na história da humanidade. Ele terá um impacto sem precedentes no meio ambiente, porque está focado em incentivar quem protege a biodiversidade”, disse à Agência FAPESP.

“Aqueles que detêm a tecnologia para utilizar os recursos naturais poderão desenvolver seus produtos, mas vão compartilhar os benefícios com os países que detêm a biodiversidade que, por sua vez, deixarão de ser apenas provedores de recursos genéticos para se tornar também beneficiários desses avanços”, completou.


Rede Brasil Atual

15/12/2010, 18:11

Cúpula Social do Mercosul celebra mudança política à esquerda e condena desigualdade

Marcos Magalhães


Foz do Iguaçu (PR) - A abertura da 10ª Cúpula Social do Mercosul, na noite de terça-feira (14), em Foz do Iguaçu (PR), foi marcada, ao mesmo tempo, por elogios à guinada à esquerda dos governos da região e pela denúncia dos fortes contrastes sociais que permanecem entre os países do bloco e de toda a América Latina.

Mais de 700 integrantes de movimentos sociais provenientes de diversos países da região se encontram na cidade onde se realiza o evento, para o qual foram convidados todos os integrantes do Parlamento do Mercosul e onde, a partir de quinta-feira, se realiza a Cúpula do Mercosul.

Primeira expositora do painel de abertura, a filósofa brasileira Marilena Chauí, da Universidade de São Paulo, disse que era importante estar ali, no auditório lotado de militantes sociais do Cine Barrageiro, local de eventos do complexo da Hidrelétrica de Itaipu, porque o tema era a democracia no continente.

"A ditadura foi continental e levou prisão, tortura e morte para toda a região. Agora, o continente se reúne para debater o oposto disso: inclusão, liberdade e cidadania", comparou Chauí. A seguir, ela fez uma ampla defesa dos movimentos sociais como "portadores da democracia", por promoverem a constante luta por direitos da sociedade.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ENEM é reaplicado apenas para os 9,5 mil estudantes realmente prejudicados por erros da prova

Agência Brasil

15/12/2010

Enem é reaplicado hoje a 9,5 mil estudantes prejudicados por erros da prova

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) reaplica hoje (15), às 13h, as provas de ciências da natureza e humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos estudantes prejudicados pelos erros de impressão nos cadernos de prova amarelos. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) identificou cerca de 9,5 mil candidatos nessa situação, que foram convocados para a nova avaliação por e-mail, SMS e telegrama.

No primeiro dia do Enem – 6 de novembro – um lote de 21 mil provas amarelas estava com erro de impressão e não continha todas as 90 questões. A partir da análise das atas das salas de prova, o MEC selecionou os alunos que terão o direito de refazer o exame. O documento é usado pelos fiscais para relatar qualquer problema ocorrido durante a aplicação.

Os estudantes convocados não são obrigados a refazer o Enem. Quem não comparecer terá corrigida a prova anterior, do dia 6 de novembro.  A consulta aos locais de prova pode ser feita no site do Enem (http://www.enem.inep.gov.br/). É obrigatória a apresentação de documento oficial com foto e do cartão de confirmação ou a comunicação enviada pelo Inep sobre o novo exame. Assim como ocorreu em novembro, os estudantes devem levar caneta esferográfica de tinta preta e não é permitido o uso de lápis, borracha e relógio.

Nova edição do Atlas Nacional do IBGE revela transformações do território brasileiro

IBGE
Comunicação Social


14 de dezembro de 2010


Nova edição do Atlas Nacional revela transformações do território brasileiro


O IBGE lança hoje o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, que atualiza as informações geográficas sobre o território brasileiro. A obra articula textos e imagens de satélite produzidas com técnicas avançadas, ampliando a capacidade de observar a complexa realidade do país. O Atlas capta dois importantes processos da dinâmica brasileira na primeira década deste século: a melhoria de condições de vida de parte da população e a valorização da potencialidade do território.

Responsável pela difusão do conhecimento geográfico do Brasil entre estudantes de todos os níveis de ensino, o Atlas reúne o maior conjunto de informações levantadas pelas instituições públicas do país, constituindo-se como instrumento estratégico para o planejamento de seu futuro.

A publicação se estrutura em torno de quatro grandes eixos: O Brasil no mundo; Território e meio ambiente; Sociedade e economia; e Redes geográficas. O primeiro trata da inserção do Brasil no cenário mundial. Aborda questões como a desigualdade social, o acesso a informações, as redes geográficas e as fontes energéticas. Ressalta que as diversas formas de inclusão do Brasil no mundo afetam a própria geografia do país, pois grande parte das atividades aqui desenvolvidas relaciona-se à competição mundial. 

A relação entre Território e meio ambiente também é abordada, enfatizando que o espaço geográfico representa um dos fundamentos da identidade nacional, o que torna seu mapa uma referência central desta identidade e de seu reconhecimento no mundo. Trata da divisão política, da regionalização e do meio ambiente, destacando que o território brasileiro está submetido a uma tensão constante entre forças que induzem à interiorização da ocupação do território e, simultaneamente, ao reforço do processo histórico de litoralização.

O tema Sociedade e economia ressalta que a formação econômica e social é uma categoria fundamental para entender o espaço. Aborda a dinâmica geográfica, a urbanização, a desigualdade social, saúde, educação, saneamento, cidadania e espaço econômico.

O último eixo, Redes geográficas, considera as redes como elementos centrais de compreensão da dinâmica e da transformação do espaço geográfico contemporâneo. Inclui as redes geodésicas, cartográfica, urbana, viárias, energéticas, telefônicas e informacionais.

Os textos aprofundam a compreensão da dinâmica do país e estimulam a reflexão sobre caminhos para superar desigualdades, colocando na ordem do dia a questão do desenvolvimento sustentável, entendido não como um estado a alcançar, mas como um processo de transformação contínua e aperfeiçoada, envolvendo as dimensões econômica, social, ambiental e política.

Composto por 548 mapas, 237 a mais que na edição anterior (2000), 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, o Atlas pode ser adquirido na Loja Virtual do IBGE (http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/default.php) e nas livrarias consignadas (http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/livrarias.php). Entre os destaques, estão os mapas referentes à cadeia produtiva (carne, algodão herbáceo e mandioca) e o da distribuição dos estabelecimentos agropecuários, publicados pela primeira vez nesta edição.

Tensão entre litoralização e interiorização marca realidade brasileira
O Brasil teve sua geografia alterada na última década no sentido de aprofundar o processo de interiorização, o que se expressa pela expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção ao Centro-Oeste e ao Norte, a exemplo dos municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso.

Nessa região, a expansão de uma agropecuária caracterizada pelo emprego de máquinas e insumos explica que sua expansão econômica tem reforçado um processo de urbanização que cresce em apoio a essa atividade pouco absorvedora de mão-de-obra. Isso revela uma modificação na geografia brasileira ocorrida na última década, aprofundando o processo de interiorização e alterando o traçado da rede urbana nacional, a densidade e mobilidade populacional, a articulação do espaço econômico e a intensificação do uso de recursos naturais.

Por outro lado, houve uma revalorização do litoral, graças à expansão de atividades econômicas como o turismo, a exploração do petróleo e a logística portuária e aérea, que, além do adensamento da população e dos centros urbanos situados próximos ao mar, reforçam um processo histórico de litoralização do território. 
Exemplos disso são o crescimento de cidades como Macaé e Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, ligado ao crescimento das atividades de extração de petróleo; a expansão demográfica do litoral do Espírito Santo, em função do aumento das atividades industriais e portuárias, e do litoral de Santa Catarina, ligado ao turismo.

Os fluxos de migração interestaduais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação com os fluxos destinados ao interior do país. A grande exceção constitui a área no entorno de Brasília, que continua a apresentar enorme capacidade de atração migratória.

Uma análise dos primeiros resultados do Censo 2010 ratifica a existência dessa tensão, revelando que, enquanto as áreas litorâneas do Sul, Sudeste, Nordeste e Norte continuam a apresentar um crescimento mais elevado de população absoluta, Centro-Oeste e Norte se destacam no incremento relativo (percentual).

A publicação reforça, ainda, que não foram plenamente vencidas as desigualdades regionais de desenvolvimento. A organização do território nacional, implementada pelas corporações e orientada para as exportações, revigorou a diferenciação entre o litoral e o interior e entre o Sul e o Norte-Nordeste do país. População, atividades, portos e companhias exportadoras de minérios localizam-se na faixa costeira e na porção Sul, enquanto no interior da metade Norte escasseiam gradativamente as redes e os serviços.

Brasil se afirma no cenário geopolítico mundial

O Atlas Nacional do Brasil analisa também a inserção do Brasil no sistema mundial contemporâneo através de uma visão multidimensional das relações internacionais. Para tanto, utiliza-se da clássica cartografia do mundo segundo o tamanho territorial e populacional dos países e daquela referente à diversidade natural e à desigualdade socioeconômica.

A diversidade revelada através da questão ambiental (clima e temperatura, recursos hídricos e florestas) sugere que a base de recursos naturais, tem revalorizado o papel geopolítico da natureza, colocando a percepção do meio ambiente como elemento fundamental no sistema mundial contemporâneo. Esse processo, condicionado pelas novas tecnologias, coloca a natureza como fonte de informação para a biotecnologia, abrindo caminho para o desenvolvimento científico-tecnológico, notadamente no campo da introdução de novas fontes de energia.

Além dos mapas referentes à diversidade natural e aos recursos energéticos renováveis e não renováveis, a geografia do mundo aponta também para a relevância das questões ligadas às desigualdades social, econômica e tecnológica, revelando que o processo de globalização ocorrido nas esferas financeira e econômica aponta para a ampliação das diferenças.

Território fundamenta identidade nacional no Brasil
Elemento de caracterização da sociedade e do Estado brasileiro, o território é um dos fundamentos e símbolo da identidade nacional, o que torna seus mapas uma referência desta identidade e de seu reconhecimento no mundo. O Atlas demonstra que, enquanto resultado do poder e da ação sobre o espaço geográfico, a formação do território brasileiro é comprometida com uma visão interligada de processos e circunstâncias que moldaram, no tempo e espaço, a tropicalidade, a ocupação socioeconômica e a ação do Estado no Brasil. O processo de ocupação e as atividades econômicas desenvolvidas no Brasil estiveram fortemente relacionadas com a exploração de seus recursos e das potencialidades naturais de seu território. 

Rede urbana é polarizada por grandes metrópoles
A urbanização é um processo que concentra cada vez mais contingentes populacionais em espaços restritos. No Brasil, a amplitude deste processo alcança mais de 80,0% da população. A urbanização brasileira cresceu desigual, abrangendo poucas cidades que concentram população e riqueza e multiplicando pequenos centros urbanos que abrigam uma força de trabalho pouco qualificada e fortemente vinculada às atividades primárias.

As aglomerações urbanas e as 49 cidades com mais de 350 mil habitantes abrigam 50,0% das pessoas em situação urbana no país e detêm, aproximadamente, 65,0% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. No outro extremo, estão 4.295 municípios com menos de 25 mil habitantes, que respondem por 12,9% do PIB.

Na evolução da rede urbana brasileira, observa-se a predominância de doze centros que reforçam sua atuação e se mantêm como as principais cabeças de rede do sistema urbano brasileiro entre 1966 e 2007. No topo, além de São Paulo, figuram Rio de Janeiro e Brasília. O quadro é completado com Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Goiânia. As metrópoles são os pontos preferenciais de convergência das mais modernas redes, em especial as de comunicações (transporte, energia e telefonia) e informacionais. Possuem grande concentração populacional e amplas áreas de influência, drenando a produção de suas regiões e apresentando fortes relacionamentos entre si.

O Atlas conclui que, na organização espacial do quadro urbano brasileiro, é marcante a ampliação e o adensamento das redes. Embora a urbanização brasileira se concentre no litoral, quando se considera a densidade, o tamanho dos centros e a localização dos principais nós difusores da rede de cidades, percebem-se mudanças na divisão territorial do trabalho com a descentralização produtiva e acentuação das desigualdades espaciais.

Urbanização atinge mais de 80% da população total, mas ainda com grandes desigualdades regionais

Agência Brasil

14/12/2010

Urbanização atinge mais de 80% da população, mas ocorre de forma desigual

Thais Leitão

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O processo de urbanização no Brasil alcança mais de 80% da população, mas seu crescimento se dá de forma desigual, abrangendo poucas cidades que concentram grande contingente de brasileiros e de riqueza. Por outro lado, multiplicam-se os pequenos centros urbanos que abrigam uma força de trabalho pouco qualificada e fortemente vinculada às atividades primárias.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

INPE verifica desaceleração de 21% na taxa de desmatamento na Amazônia

Agência Brasil

10/12/2010

Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda

Luana Lourenço

Repórter da Agência Brasil

Brasília – O desmatamento da Amazônia em outubro atingiu uma área de 153 quilômetros quadrados (km²), de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados hoje (10) pela organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em outubro do ano passado e mantém tendência de queda apontada pela organização nos últimos meses.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COP-16 será um fracasso, diz o metereologista PhD Luiz Carlos Molion

eBand

Segunda-feira, 29 de novembro de 2010 - 10h59      

COP-16 será um fracasso, diz climatologista no Canal Livre

Bárbara Forte

cidades@eband.com.br

O climatologista Luiz Carlos Molion afirmou que a COP-16, Conferência Mundial sobre o Clima, que começa nesta segunda-feira, em Cancun, no México, “será um fracasso”. O especialista participou de entrevista no programa Canal Livre, que foi ao ar neste domingo, às 23h30, na Band.

Molion afirmou ainda que o mundo sofre um “esfriamento global” e não aquecimento, como diversos profissionais ligados à área defendem. “As mudanças serão sentidas em todo o mundo”. No Brasil, ele afirma que serão enfrentados invernos rigorosos na região sul até aproximadamente o ano de 2030.

Bancos governamentais ampliam restrições de crédito para agropecuária em áreas desmatadas

Agência Brasil

01/12/2010


Banco do Brasil vai vetar crédito rural para produção de soja em área desmatada
Luana Lourenço

Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Banco do Brasil (BB) vai deixar de oferecer crédito a produtores de soja que plantem em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. O banco, maior financiador rural do país, aderiu hoje (1) à Moratória da Soja, iniciativa de empresas e organizações não governamentais (ONG) assinada em 2006 para boicotar a soja produzida em terras desmatadas recentemente.