quarta-feira, 29 de maio de 2013








Blog do Miro,  terça-feira, 28 de maio de 2013 

EUA conspiram na Aliança do Pacífico

Por Altamiro Borges





 O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega nesta quarta-feira (28) ao Brasil. Entre outros motivos da visita, o representante do império em declínio tenta fazer vingar o novo projeto de colonização da América Latina e Central, a chamada Aliança do Pacífico. Na segunda-feira, na primeira parada da sua viagem pela região, ele afirmou ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que os EUA têm o maior interesse no fortalecimento do novo bloco comercial e que o seu país deseja participar da iniciativa como “observador”. Pura balela! O império aposta as suas fichas na Aliança do Pacífico para enfraquecer o Mercosul e outras iniciativas de integração soberana da região.



O novo bloco foi criado em junho passado e reúne Colômbia, Chile, México e Peru. Com exceção do último país, todos os demais são governados por forças de direita que têm sólidos vínculos com os EUA. Como confessou a Folha num artigo publicado nesta quarta-feira, “especialistas veem na aliança um possível isolamento do Brasil e do Mercosul”. A inesperada turnê do vice-presidente teria como objetivo aplainar este terreno. Joe Biden manterá reuniões com executivos de multinacionais e com a presidente da Petrobras, Graça Foster. “De acordo com o consulado norte-americano, o objetivo da viagem é estreitar os laços bilaterais e aumentar a cooperação entre os dois países”, relata a Folha.

Diferentemente do que divulga a mídia colonizada, porém, a Aliança do Pacífico não tem qualquer intenção de reforçar a cooperação entre as nações da América Latina. Na prática, ela é uma tentativa de reedição da fracassada Área de Livre Comércio das Américas (Alca), uma iniciativa colonialista dos EUA que foi enterrada a partir da resistência dos governos progressistas da região. Como aponta o jornalista Mauro Santayana, um nacionalista convicto, “os adversários históricos [da integração soberana da América Latina] não descansam” e a Aliança do Pacífico é mais uma investida imperial, “sob a liderança dos Estados Unidos e da Espanha”, para enfraquecer o Mercosul.