sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lula deve defender no G20 reforma do Conselho de Segurança da ONU

Agência Brasil

25/06/2010

Lula deve defender no G20 reforma do Conselho de Segurança da ONU

Renata Giraldi

Repórter da Agência Brasil


Brasília – Em defesa da justiça e da representatividade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aproveitar as reuniões do G20 (grupo das maiores economias do mundo), no Canadá, para retomar a discussão sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O formato do órgão é o mesmo do período pós-2ª Guerra Mundial. Recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que essa estrutura indicava uma  “situação escandalosa”. Com 65 anos, o Conselho de Segurança da ONU não sofreu alterações nesse período. 

Para o Brasil, a estrutura que define cinco países como membros permanentes e dez como rotativos não representa o século 21. Uma das propostas de mudança é que entre os integrantes permanentes fiquem dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Comitê de Descolonização da ONU convoca Reino Unido para negociar posse das Malvinas

Agência Brasil

 24/06/2010

ONU convoca Reino Unido e Argentina para negociar posse das Malvinas

Luiz Antônio Alves

Correspondente da Agência Brasil na Argentina

Buenos Aires - O Comitê de Descolonização da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na tarde de hoje (24), por unanimidade, uma nova resolução convocando os governos do Reino Unido e da Argentina a recomeçar as negociações em busca de uma solução pacífica sobre a posse e a soberania das Ilhas Malvinas. Esta é a segunda vez que a ONU se manifesta sobre a disputa que envolve os dois países.

A primeira ocorreu em 1965, quando a organização aprovou a Resolução 2065, considerando a pendência um "assunto colonial". O Reino Unido nega-se a discutir a questão com o governo argentino. No último dia 9, em sua 40ª Assembleia Geral, realizada no Peru, a Organização dos Estados Americanos (OEA) também se manifestou sobre a pendência, aprovando declaração de apoio à Argentina na disputa com o Reino Unido. 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ministério da Defesa escolhe o Rafale para o FX2 e decisão final será do Presidente da República

Inforel

23/06/2010

Defesa escolhe o Rafale e decisão final será do presidente

Marcelo Rech

Depois de muitas especulações, o ministério da Defesa decidiu escolher o caça Rafale, de fabricação francesa, para integrar a Defesa Aérea brasileira.

A decisão foi tomada com base apenas em questões técnicas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar o Conselho de Defesa Nacional para discutir o assunto.

Uma exposição de motivos de cerca de 40 páginas que será assinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, e da Marinha, Almirante Moura Neto, confirma a escolha.

O documento está dividido entre os pontos positivos e negativos de cada um dos três aviões finalistas – Rafale (Dassault), Gripen NG (Saab) e F-18 (Boeing).


Cada parágrafo remete a documentos elaborados pela Força Aérea e pela Marinha.

A Marinha foi consultada visando os porta-aviões de 50 toneladas que serão incorporados no futuro.

Também foi assegurada a participação da Embraer em todas as etapas do projeto.

Além disso, a empresa negocia com a França o desenvolvimento e a venda do cargueiro militar KC-390.

Em dezembro do ano passado, a Força Aérea entregou um relatório que colocaria o F-18 como vencedor e não o Gripen, como se chegou a especular.

Nelson Jobim mandou a FAB refazer o documento para adequar a pontuação à Estratégia Nacional de Defesa (END).

A FAB teria utilizado os mesmos critérios do FX1, que foi cancelado no início do primeiro mandato de Lula em 2003.

Na época, o custo de manutenção, o preço unitário do avião e o pacote de contrapartidas comerciais eram os itens que mais pontuavam.

Desta vez, a transferência de tecnologia valeu 40 de 100 pontos. Ao final do governo Fernando Henrique, valia apenas 9 pontos em 100.

O Gripen NG teve a melhor avaliação quanto à transferência de tecnologia, mas perdeu muitos pontos em outros itens e foi considerado um projeto de alto risco.

Na prática, o avião sueco só teve boa avaliação no início do processo.

O Rafale, por sua vez, só foi mal no quesito preço.

A hora vôo do Gripen está calculada entre US$ 7 e US$ 8 mil. A Saab prometeu que ficaria em US$ 3 mil.

Confirmada a decisão, a Saab estará em maus lençóis, pois o Gripen NG é o único projeto da empresa junto com a modernização das versões C e D do mesmo avião.

A própria Suécia não adquiriu o avião e só o fará se o negócio com o Brasil sair.

Já o Rafale tem mais de 100 unidades entregues e outras 180 encomendas. O modelo está bem avaliado nos Emirados Árabes Unidos e na Suíça.

O F-18 Super Hornet, da Boeing, está bem cotado na Índia.

Análise da Notícia

Marcelo Rech

O fato de o ministério da Defesa ter optado pelo Rafale não significa que o processo está concluído ou que será confirmado pelo presidente Lula.

Há uma eleição no horizonte próximo e não seria nenhuma surpresa que a decisão ficasse para a próxima administração.

A escolha foi técnica.

O governo acredita poder compensar, no âmbito da aliança estratégica com a França, o fato de o Rafale ser o mais caro entre os três finalistas.

A Embraer também ganha, e muito.

Eleito o Gripen, ela apenas participaria do projeto. Com o Rafale, estará liderando o processo.

A empresa também envolve o desenvolvimento e a comercialização do cargueiro KC-390 no negócio.

Os Estados Unidos não poderiam, por lei, fechar um negócio de compra do Super Tucano em troca da venda do F-18, como se especulou recentemente.

Jobim pediu mudanças porque não aceita uma compra de prateleira, como disse várias vezes em audiências públicas realizadas no Congresso.

Ele quer a industrialização da Defesa e o domínio da tecnologia pelo Brasil.

E acredita que isso será possível com a eleição do Rafale.

Marcelo Rech é jornalista, editor do InfoRel e especialista em Relações Internacionais, Estratégias e Políticas de Defesa e Terrorismo e contra-insurgência. Correio eletrônico: inforel@inforel.org

http://www.inforel.org/noticias/noticia.php?not_id=3889&tipo=2


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Outras notícias relacionadas ao tema no InfoRel





IBGE constata permanência das diferenças entre despesas de famílias de brancos e de negros

Agência Brasil

23/06/2010

IBGE constata que permanece diferença entre despesas de famílias de brancos e de negros

Isabela Vieira

Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que se acentuou a diferença de valor das despesas mensais entre as famílias chefiadas por pessoas brancas e por pessoas negras.

Enquanto a despesa média do brasileiro é de R$ 2.626, a de famílias cuja pessoa de referência (quem respondeu a pesquisa) era branca, o gasto era 28% maior, de R$ 3.371. Também era 89% superior às despesas de famílias de pretos (R$ 1.783) e 79% maior que a de pardos (R$1.885).

terça-feira, 22 de junho de 2010

Polêmica no Futebol ajuda a explicar Política no Brasil, por Eduardo Guimarães

Blog da Cidadania

22/06/2010

Futebol explica Política ao país

Eduardo Guimarães

Há uma ironia poética em dois episódios envolvendo futebol que terão – ou que tiveram – o poder de explicar política à sociedade como nenhum discurso político jamais conseguiu tão didaticamente. Isso se deve ao verdadeiro amor e à passionalidade que o brasileiro dedica a esse esporte.

O fenômeno “Cala Boca Galvão” e a briga da Globo com Dunga revelam, da forma que o povo brasileiro melhor poderia entender, o viés hipócrita, arrogante, antinacional e sabotador da grande imprensa brasileira, capaz de ir contra os interesses nacionais em temas que vão da imagem internacional do país aos seus interesses comerciais e, se “necessário”, até aos seus interesses desportivos.

Telespectador ataca Globo e fica do lado de Dunga

22/06/2010

Telespectador ataca Globo e fica do lado de Dunga

UOL Notícias



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2010/06/22/040298376EC0812tm?ooops--telespectador-ataca-globo-e-fica-do-lado-de-dunga-040298376EC08123A6

domingo, 20 de junho de 2010

Inscrições para o ENEM abertas a partir de 21 de junho

Inscrições estarão abertas na próxima segunda-feira

Assessoria de Imprensa do Inep/MEC 
 
As inscrições ao Enem 2010 poderão ser feitas a partir da próxima segunda-feira, dia 21, até o dia 9 de julho. As inscrições serão feitas exclusivamente pela Internet e será exigido o número de CPF do participante.

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil é destaque na Expo Shanghai 2010

Jornal Correio do Povo, Ano 115 nº 261 - Porto Alegre

18 de junho de 2010

Diário da China

Brasil é destaque na Expo-2010


JURANDIR SOARES

j.soares@cpovo.net

Reservei esta quinta-feira para uma visita ao pavilhão do Brasil na Expo- 2010 Xangai, esta mostra que reúne países das mais diversas partes do mundo. Nosso pavilhão é um dos mais concorridos, recebendo cerca de 15 mil pessoas por dia, que tomam conhecimento da nossa cultura, da nossa diversidade, dos nossos costumes e das nossas potencialidades. Já na entrada, o visitante é envolvido por imagens, projetadas em toda a parede, e sons de nossas belezas naturais, praias, florestas, campos, assim como nossas festas regionais e, evidentemente, o Carnaval e o futebol. A nossa diversidade é mostrada nas atividades cotidianas de um operário, um engenheiro, um homem do campo e uma atriz de teatro. O visitante tem a oportunidade de conhecer o mundo de cada um deles e perceber que, quando chega a hora do almoço, todos compartilham o nosso feijão com arroz.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ferrosul é tema de reunião binacional Brasil-Uruguai


Agência de Notícias do Estado do Paraná

16/06/2010 

Ferrosul é tema de reunião binacional Brasil-Uruguai 
 
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, e o presidente da empresa estatal uruguaia AFE (Administración de Ferrocarriles del Estado), Alejandro Orellano, reuniram-se terça-feira (15) na cidade gaúcha de Santana do Livramento, na fronteira com a cidade uruguaia de Rivera. A reunião foi promovida pela Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, e teve por objetivo discutir as possibilidades de cooperação entre as duas empresas com a entrada em funcionamento da Ferrosul, cuja criação, a partir de mudanças nos estatutos sociais da Ferroeste, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná, em projeto que aguarda a sanção do governador Orlando Pessuti.

O Programa Nacional de Biodiesel: avanços e limites

Carta Maior

16/06/2010 

O Programa Nacional de Biodiesel: avanços e limites

Do ponto de vista produtivo, é inquestionável o sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. No curto espaço de cinco anos, o programa conseguiu induzir a formação de um parque industrial capaz de atender a uma demanda de cerca de dois bilhões e meio de litros de biodiesel. O PNPB não apenas conseguiu atender à demanda antecipada do B5, como alcançou uma capacidade produtiva bem superior à demanda atual. Contudo, do ponto de vista distributivo e da justiça social, o programa ainda precisa avançar muito. O artigo é de Georges Flexor, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Georges Flexor (*)

O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) completou em janeiro de 2010 cinco anos. Dado que a meta de adicionar 5% (B5) de biodiesel ao diesel mineral foi alcançada oficialmente em 2010, antecipando em três anos a previsão inicial, e que o mercado de biodiesel encontra-se relativamente bem estruturado, o momento atual pode ser apropriado para tecer algumas considerações avaliativas sobre o caminho percorrido.

Do ponto de vista produtivo, é inquestionável o sucesso do PNPB. No curto espaço de cinco anos, o programa conseguiu induzir a formação de um parque industrial capaz de atender a uma demanda de cerca de dois bilhões e meio de litros de biodiesel. O PNPB não apenas conseguiu atender à demanda antecipada do B5, como alcançou uma capacidade produtiva bem superior à demanda atual. Não existem, portanto, riscos de desabastecimento no horizonte próximo. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia, divulgado recentemente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), se o índice de adição de biodiesel permanecer em 5%, a capacidade produtiva atual será suficiente para garantir uma oferta segura do combustível até 2019.

Asia’s Nuclear Rivalry

ISN

16 Jun 2010

Managing Asia’s Nuclear Rivalry

As China and India enter new stages in nuclear arsenal development, including ICBM capabilities and plans for a nuclear-armed submarine fleet, strategic dialogue is needed to reduce the risk of political tension caused by mutual uncertainty, Frank O’Donnell comments for ISN Security Watch.

Frank O'Donnell 

ISN Security Watch


The US stands at the center of China’s nuclear threat perception. China feels threatened by American ballistic missile defense plans. Its recent anti-satellite tests were partly an effort to signal resolve against this perceived challenge. Recently deployed DF-31A ICBMs, with a range of over 11,000 kilometers, intend to restore mutual deterrence to the Sino-American strategic relationship. 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Usina de Belo Monte não compromete as riquezas naturais do país

 Agência Senado

16/06/2010

Usina de Belo Monte não compromete as riquezas naturais do país, diz especialista

Paulo Sérgio Vasco
 
A exploração do potencial energético da Amazônia não colocará em risco as riquezas naturais do Brasil, que precisa acrescentar 3.300 megawatts médios de energia a cada ano, caso queira viabilizar um crescimento econômico futuro em torno de 5%.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (16) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que participou de audiência pública sobre os impactos da construção da hidroelétrica de Belo Monte, na região do Rio Xingu, no Pará. Orçada em R$ 19 bilhões e prevista desde 1975, o obra é motivo de polêmica entre autoridades do governo e ambientalistas contrários ao empreendimento.

A audiência pública, que também contou com a participação do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, foi promovida pela subcomissão temporária criada no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) para acompanhar a execução da obra.

Tolmasquim explicou que o Brasil tem o terceiro maior potencial hidroelétrico do mundo, apenas menor que o da China e o da Rússia. O país só utilizou um terço desse potencial até hoje, enquanto muitas nações desenvolvidas já utilizaram 100%, como a França, e 80%, como a Alemanha. Ele destacou que 60% do potencial energético a ser explorado pelo Brasil está situado justamente na bacia amazônica.

EUA anunciam descoberta de gigantescas reservas de cobre e lítio no Afeganistão


 Após quase uma década de ocupação militar, esta semana os Estados Unidos anunciaram a "descoberta" de grandes depósitos de minerais estratégicos no Afeganistão. Dentre as "descobertas" anunciadas estão vastas reservas de cobre e lítio, minerais estratégicos para as indústrias de materiais elétricos, indústrias de equipamentos eletroeletrônicos e de comunicação. O lítio, em especial, é um mineral absolutamente fundamental para o desenvolvimento atual de baterias elétricas, como a utilizadas nos celulares, aparelhos de MP3, notebooks e, mais recentemente, nos carros elétricos.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Criação da Ferrosul é estratégica para o Brasil e a América do Sul, afirma diretor

Agência Brasil

13/06/2010

Criação da Ferrosul é estratégica para o Brasil e a América do Sul, afirma diretor

Lúcia Nórcio
 
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – A integração ferroviária entre os quatro estados que fazem parte do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) – Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul – e a Região Centro-Oeste brasileira, o Paraguai e a Argentina ficará a cargo da Ferrovia de Integração do Sul S.A. (Ferrosul). O projeto de lei que cria a ferrovia foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa do Paraná. A linha terá aproximadamente 3,3 mil quilômetros e deverá ficar pronta até 2013.

domingo, 13 de junho de 2010

Política Externa e Segurança Internacional em debate nas eleições para Presidente 2010, por Beto Almeida

Carta Maior

12/06/2010 

Serra, Bolívia e Irã: segurança para quem?

Como avaliar a extensão e a profundidade da preocupação do ex-ministro José Serra para com a segurança nacional se, quando ministro de FHC, participou desta espantosa política de desarmamento unilateral que é como pode ser chamada a desnacionalização da Embratel e a entrega de informações militares e governamentais brasileiras para o controle de um consórcio internacional muito vinculado à indústria bélica? Quem criou o apagão satelital agora clama para segurança? O artigo é de Beto Almeida.

Beto Almeida (*)


O candidato presidencial pelo PSDB tem insistido na crítica à atual política externa brasileira, à proposta da integração latino-americana. Foca na Bolívia, sobretudo, acusando o presidente Evo Morales de conivência com o narcotráfico. E critica também o governo Lula-Dilma por não adotar medidas de segurança mais eficazes no combate ao tráfico de drogas.

Porém, lembramos algumas medidas adotadas no governo da dupla FHC-Serra que diluíram a níveis gravíssimos a capacidade do estado de praticar indispensáveis políticas de soberania. Tomemos a privatização da Embratel. Com ela, todas as comunicações governamentais e de segurança nacional, além da cobertura nacional das TVs, que passam pelos antigos Brasil-SAT da empresa, estão hoje sob controle de consórcio internacional. Basta uma ligeira modificação no posicionamento dos satélites, por sabotagem ou por erro técnico - atenção para a elasticidade do termo - para causar um apagão em todo o território nacional. A informação é importante para compreender que concepção de segurança o ex-ministro de FHC está a alardear hoje.

Muito recentemente, com a aprovação da nova Estratégia Nacional de Defesa, a preocupação de importantes segmentos militares com aquela extravagante vulnerabilidade externa criada pela privatização-desnacionalização da Embratel, está sendo resolvida pelo governo atual. Por iniciativa da Aeronáutica, já há o planejamento para um satélite brasileiro, geoestacionário, por onde trafegarão as comunicações militares e governamentais, hoje sob comando de consórcios vinculados a operações militares destinadas a sustentar o expansionismo dos interesses do EUA sobre o Iraque, o Afeganistão e, bola da vez, o Irã, todos riquíssimos em energia. Como sabemos, estas grandes empresas registram grande vinculação com a indústria bélica, fonte de todas suas encomendas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Para a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura, o novo Código Florestal favorece a agricultura familiar

Agência Brasil
10/06/2010
Meio Ambiente
Para Contag, novo Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar
Daniella Jinkings


Repórter da Agência Brasil

O relatório sobre mudanças no Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. Segundo ele, a Contag é favorável à alteração do Código Florestal Brasileiro para a agricultura familiar e para a reforma agrária.

Segundo ele, o relatório do deputado isenta os pequenos agricultores da averbação da reserva legal (fração destinada à preservação ambiental). “Imagine 4,5 milhões de pequenas propriedades no Brasil, que no total representam menos de 20% da área agricultável no país. Se fosse manter a averbação, nunca iríamos legalizar essa agricultura [familiar]”.

Boch afirmou que a Contag negociou com o governo para enquadrar o novo código na lei da agricultura familiar. “Podemos detectar que grande parte da nossa proposta de diferenciação da agricultura familiar brasileira está contemplada no relatório”.

A apresentação do parecer do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre mudanças no Código Florestal foi feita ontem (9) na Comissão Especial da Câmara que trata do tema. Entre as mudanças propostas pelo relator estão a atribuição de mais autonomia aos estados para legislar sobre meio ambiente e a retirada da obrigatoriedade de reserva legal em pequenas propriedades.

Edição: Graça Adjuto


Agricultura familiar de guaraná: produção sustentável utilizando plantas nativas da Amazônia de alto valor comercial (a tonelada do guaraná vale em média 10 a 20 vezes mais que a da soja).

A agricultura familiar produz a maior parte dos alimentos consumidos pela população do Brasil

A agricultura familiar no Brasil responde por 59% da produção de carne suína, 58% da produção de leites e laticínios, 50% da produção de aves e 30% da produção de carne bovina do país (IBGE, 2006).
Mesmo cultivando uma área total de apenas 17,7 milhões de hectares, a agricultura familiar brasileira produz 87% da mancioda, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e 16% da soja plantados no Brasil.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Brasil: o desafio de crescer a 7% ao ano, por Samuel Pinheiro Guimarães

 Agência Carta Maior

09/06/2010

Crescer a 7%

Se o objetivo central da sociedade brasileira for vencer o subdesenvolvimento, a economia terá de crescer a taxas mais elevadas do que as que têm ocorrido no passado recente, enquanto que as políticas de distribuição de renda terão de ser mais vigorosas para incorporar ao sistema econômico e social moderno as imensas massas que se encontram em situação de grave pobreza: cerca de 60 milhões de brasileiros. caso se deseje manter o Brasil como país pobre e subdesenvolvido, basta crescer a taxas modestas, obedecendo a todas as metas e a supostos potenciais máximos de crescimento, e, assim, lograr manter a economia estável porém miserável. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.

Samuel Pinheiro Guimarães

1. O subdesenvolvimento, situação em que a esmagadora maioria da população de um país não pode desfrutar dos bens e serviços que o avanço tecnológico e produtivo moderno permitem, é sempre uma questão relativa. Nenhum país é subdesenvolvido isoladamente; esta é sempre uma situação comparativa entre países e sociedades, desenvolvidas e subdesenvolvidas, em diferentes graus, em distintos momentos históricos.

2. Naturalmente, há indicadores objetivos de subdesenvolvimento: a exploração ao mesmo tempo insuficiente e predatória dos recursos naturais; a baixa escolaridade e qualificação média da mão de obra; a desintegrada rede de transportes; o pequeno consumo per capita de energia; a reduzida diversificação das exportações; o pequeno número de patentes registradas; o acesso restrito da população a saneamento básico; as precárias condições de saúde, educação e cultura; o alto percentual da população que se encontra abaixo da linha de pobreza etc.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cooperação tecnológica espacial Brasil-China

Agência Espacial Brasileira

01/06/2010

Cooperação científica e tecnológica

CCS/AEB



O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, integra a delegação interministerial que estará em Pequim, na China, entre os dias 24 e 26 de março, para tratar da cooperação em ciência e tecnologia, em áreas como nanotecnologia, informática, biotecnologia e espaço. Na pauta da AEB consta a continuidade do Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers). A intenção é ampliar e diversificar o Programa na busca de novas formas de parcerias.

Os integrantes da delegação brasileira participarão de reuniões técnicas e temáticas com vistas à discussão sobre o andamento e eventual ampliação de projetos bilaterais de cooperação em ciência, tecnologia e informação. “As relações, no âmbito espacial, entre China e Brasil, são um marco emblemático construído a partir dos anos 80, e avançam, agora, a ponto de oferecer novos modelos e perspectivas”, diz Carlos Ganem. Segundo ele, há expectativas de se estabelecer parcerias, oferecendo oportunidades de acesso às tecnologias espaciais a outras nações do continente africano. Esta rodada de debates antecede a visita, em abril, do presidente chinês Hu Jintao, ao Brasil. Na ocasião, deverão ser assinados diversos acordos de cooperação entre os dois países.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nota do Ministério de Relações Exteriores a respeito do ataque israelense a um comboio de ajuda humanitária

31/05/2010

Ataque israelense à “Flotilha da Liberdade”



Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.



O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.

Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.

Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.

A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.

O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.




http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/ataque-israelense-a-201cflotilha-da-liberdade201d

Israel ataca comboio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza

Revista Epoca

31/05/2010

Israel ataca comboio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza

Seis navios levavam 10 mil toneladas de carga e cerca de 750 ativistas

Agência EFE

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos pelo ataque israelense, nesta segunda-feira (31), à "Frota da Liberdade", que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Segundo uma televisão de Israel, 14 ativistas teriam morrido. O exército israelense diz que ao menos dez pessoas morreram.


"Belo Monte e o diabo", por Carlos Lessa

Valor Econômico 

31/05/2010

Belo  Monte e o diabo

Sistema brasileiro combina energia elétrica barata para as atividades eletrointensivas com energia extremamente cara para uso residencial e iluminação pública

Carlos Lessa



O Brasil dispõe de três grandes bacias hidrográficas, cada uma regida por um calendário pluviométrico e regime climático próprio e diferenciado. Isto permitiu ao Brasil instalar a geração hidráulica como fonte prioritária de eletricidade e desenvolver um sistema integrado de usinas de geração e linhas de transmissão que possibilitou ao Brasil uma energia limpa, renovável e barata. O esquartejamento da privatização levou o país a uma situação que combina energia elétrica barata para as atividades eletrointensivas (como a produção de alumínio, cimento, papel e celulose) com energia extremamente cara para uso residencial, iluminação pública e empresas não eletrointensivas.

Israel: novo massacre humanitário?


31/05/2010

Israel: novo massacre humanitário?

Emir Sader


Os capítulos da história são tão claros, quanto dramáticos. Primeiro os judeus obtêm a aprovação da ONU para a construção do Estado de Israel. Para isso expulsam milhões de palestinos que ocupavam a região. Em seguida, aliados aos EUA, impedem que o mesmo direito, reconhecido igualmente pela ONU, seja estendido aos palestinos, com a construção de um Estado soberano tal qual goza Israel.

Depois, ocupação dos territórios palestinos, militarmente, seguida da instalação de assentamentos com judeus chegados especialmente dos países do leste europeu, recortando os territórios palestinos.

Não contentes com esse esquartejamento dos territórios palestinos, veio a construção de muros que dividem esses territórios, buscando não apenas tornar inviável a vida e a sustentabilidade econômica da Palestina, mas humilhar a população que lá resiste.

Há um ano e meio, o massacre de Gaza. A maior densidade populacional do mundo, cercada e afogada na sua possibilidade de sobrevivência, é atacada de forma brutal pelas tropas israelenses, com as ordens de que “não há inocentes em Gaza”, provocando dezenas de milhares de mortos na população civil, em um dos piores massacres que o mundo conheceu nos últimos tempos.

Não contente com isso, Israel continua cercando Gaza. Um ano e meio depois nem foi iniciado o processo de reconstrução, apesar dos recursos recolhidos pela comunidade internacional, porque a população continua cercada da mesma maneira que antes do massacre de dezembro 2008/janeiro 2009. As epidemias se propagam, enquanto remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, cercada como se fosse um campo de concentração pelas tropas do holocausto contemporâneo.

Periodicamente navios tentavam levar comida e remédios à população de Gaza, chegando por mar, de forma pacífica, mas sistematicamente eram atacados pelas tropas israelenses. Desta vez a maior comitiva internacional de paz, com cerca de 750 pessoas de vários países, se aproximou de Gaza para tentar romper o bloqueio cruel que Israel mantêm sobre a população palestina. Foi atacada pelas tropas israelenses, provocando pelo menos 19 mortos e várias de dezenas de feridos.

Quem representa perigo para a paz na região e para a paz mundial? O Irã ou Israel? Quem perpetra massacres após massacres contra a indefesa população palestina? Quem impede que a decisão da ONU seja colocada em prática, senão Israel e os EUA, bloqueando a única via de solução política e pacifica para a região – o reconhecimento do direito palestino de ter seu Estado? Quem comete os piores massacres no mundo de hoje, senão aqueles que foram vítimas do holocausto no século passado e que se transformaram de vítimas em verdugos?