21/09/10
Hidrelétricas, hidrovias e a harmonia dos interesses nacionais
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikyDCbPwcs6O4aSg3I2dfiHTxtkYae6uYN-sfTRVFB2z-OxdSn2lSdMRDMK-nZoBAqAmA8TTzmuaD4MA1bSDCUe5FduREyG1oQv-jDBp2CXjefqHoxB46TDbmX8Eu0SGZQXa4STqR6vTuR/s280/Arte+do+projeto+de+Belo+Monte.jpg)
A iniciativa, mesmo com atraso, sinaliza que ainda há esperanças para a implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós, considerada estratégica para a logística de transporte do interior brasileiro. Neste sentido, é relevante o anúncio que o governo pretende licitar, até dezembro, quatro hidrelétricas na bacia do rio Teles Pires: Sinop (400MW), São Manoel (746MW), Foz do Apiacás (275MW) e Teles Pires (1.820MW). Contudo, como de hábito, há problemas com o processo de licenciamento ambiental desses empreendimentos. As discussões públicas sobre a usina de Sinop, por exemplo, estavam previstas originalmente para ter início em 23 de junho, mas acabaram canceladas por pedido do Ministério Público Estadual do Mato Grosso. O órgão afirmou, na ocasião, que os eventos deveriam ter contado com maior divulgação, para que o público comparecesse em maior número. O MPE também alegou atraso na entrega do EIA/Rima para consulta pública. [2]
Não faltam estudos sobre os prejuízos causados a todos pela pífia utilização do modal hidroviário no país. Agora mesmo, um plano de transporte apresentado pelo Movimento Nossa São Paulo aponta os rios Tietê e Pinheiros como vias-chave para a melhoria do trânsito na capital paulista. Segundo o documento, a criação de hidrovias nos dois rios que cortam a cidade reduziria em 30% o tráfego cargas pela região metropolitana da capital: “Utilizar os rios Tietê e Pinheiros como meios de transporte de cargas significa tirar do trânsito da região metropolitana uma boa parte das 400 mil viagens de caminhões por dia ou 1 bilhão de toneladas de cargas por ano ano”, diz.
Igualmente, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE), da USP, fez um estudo sobre a logística do etanol no Brasil recomendando que, para alcançar o mercado externo, é inviável escoar a maior parte do álcool produzido no país – em São Paulo - por via rodoviária. Para substituir o modal rodoviário, o estudo indica, como estratégia de longo prazo, o planejamento e a implantação de uma rede de alcooldutos e, no curto prazo, a utilização da hidrovia Tietê-Paraná com muito mais intensidade que atualmente. O trecho navegável do rio Tietê deve ser aumentado de 41 para 55 km e já existem estudos para a construção de um hidroanel metropolitano prevendo a ligação do Tietê com 30 quilômetros de trecho navegável na Represa Billings. [3]
Igualmente, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE), da USP, fez um estudo sobre a logística do etanol no Brasil recomendando que, para alcançar o mercado externo, é inviável escoar a maior parte do álcool produzido no país – em São Paulo - por via rodoviária. Para substituir o modal rodoviário, o estudo indica, como estratégia de longo prazo, o planejamento e a implantação de uma rede de alcooldutos e, no curto prazo, a utilização da hidrovia Tietê-Paraná com muito mais intensidade que atualmente. O trecho navegável do rio Tietê deve ser aumentado de 41 para 55 km e já existem estudos para a construção de um hidroanel metropolitano prevendo a ligação do Tietê com 30 quilômetros de trecho navegável na Represa Billings. [3]
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Notas:
[1]ANA vai avaliar os projetos de eclusas das usinas do Rio Madeira, Canal Energia, 14/09/2010
[2]Governo avalia publicar edital do leilão A-5 antes de ter todas licenças, Jornal da Energia, 17/09/2010
[3]Estudo recomenda alcoolduto e hidrovia para exportação de etanol, Agência USP, 16/09/2010
[1]ANA vai avaliar os projetos de eclusas das usinas do Rio Madeira, Canal Energia, 14/09/2010
[2]Governo avalia publicar edital do leilão A-5 antes de ter todas licenças, Jornal da Energia, 17/09/2010
[3]Estudo recomenda alcoolduto e hidrovia para exportação de etanol, Agência USP, 16/09/2010
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