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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Análise do resultado do FX-2: A decisão do Gripen NG como escolha pela autonomia tecnológica e estratégica

Gripen NG: a decisão pela autonomia tecnológica e estratégica

Lucas Kerr Oliveira, Giovana E. Zucatto, Bruno Gomes Guimarães, Pedro V. Brites, Bruna C. Jaeger

Na última quarta-feira, 18 de dezembro, o ministro da Defesa Celso Amorim e o Comandante da Força Aérea Brasileira, Juniti Sato, anunciaram a compra de 36 aeronaves Gripen NG (New Generation) da empresa sueca Saab, pondo fim à licitação FX-2. A escolha do caça vai ao encontro das indicações da Estratégia Nacional de Defesa (END), de unir capacidades críveis ao desenvolvimento da indústria nacional – e regional – de defesa. Produz, ainda, sinergia entre a área de Defesa e de Política Externa, na medida em que corrobora com a estratégia de inserção internacional mais autônoma que o Brasil vem buscando em meio ao processo de consolidação geopolítica da Integração Regional Sul-Americana e de estabilização de um mundo Multipolar.

Gripen. Foto: Saab
Foto: Saab.


A licitação do programa FX-2 tem suas origens em um projeto anterior, o FX, originado ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso para a aquisição de caças de quarta geração a fim de substituir os Mirage III. Essa primeira licitação previa um investimento de cerca de US$ 700 milhões, mas a decisão foi adiada por causa de imbróglios políticos e econômicos. Em 2006, o governo Lula lançou o programa FX-2, bem mais ambicioso que sua versão anterior, ao prever investimentos na casa dos 5 bilhões de dólares para a compra de caças mais avançados (4ª geração “plus”, também chamado de 4,5ª geração), além de ter como uma das principais exigências a transferência de tecnologia para o país. No mesmo ano, foi anunciada a compra de caças usados Mirage-2000, em caráter emergencial para ocupar o espaço que viria a ser suprido pelas aeronaves do FX-2. No ano de 2008, a FAB anunciou as aeronaves finalistas da licitação: o F/A F-18 Super Hornet da Boeing, o Rafale F3 da Dassault e o JAS-39 Gripen NG da Saab.

Gripen NG
Foto: Saab.

O anúncio da escolha de um vencedor da licitação, a poucos dias do fim do uso dos caças Mirage 2000, que param de voar em 31 de dezembro, surpreendeu a todos. Desde 2008, a incógnita sobre qual, dentre os três finalistas, seria a mais nova aeronave a compor os quadros da FAB, se mantinha envolta em controvérsias.

Durante o governo Lula, o preferido era o Rafale F3, dadas as aproximações estratégicas com a França na área de defesa e que resultaram no acordo para a construção de submarinos convencionais e nucleares para a Marinha do Brasil (BRASIL, 2007). Entretanto a postura militarista (e mesmo neoimperialista) da França após a crise de 2008 parece ter sido o principal fator que inviabilizou a escolha do Rafale. Historicamente o Brasil tem sido um forte defensor da soberania dos povos e declaradamente contrário à intervenção em assuntos internos dos países, especialmente dos países periféricos. Em contraste, a França realizou uma série de intervenções armadas e invasões diretas em países periféricos desde 2008, que desagradaram tradição pacifista da diplomacia brasileira, como a intervenção na Costa do Marfim em 2011, passando pela agressiva postura da França no caso da invasão da Líbia no mesmo ano (SILVA; OLIVEIRA; DIALLO, 2001; FERNANDES; DIALLO; GARCIA, 2012; VIZENTINI, 2012).

Mais recentemente, a posição da França de defender incondicionalmente uma intervenção militar contra o governo da Síria, bem como a liderança do país em operações no Mali e na República Centro-Africana, mais uma vez se chocaram com a postura brasileira, que defende soluções pacíficas, multilaterais, não intervencionistas e negociadas para os conflitos. Em alguns momentos, a França chegou a tentar minar deliberadamente os esforços diplomáticos do Brasil para a obtenção de acordos que evitassem acirramento de tensões e viabilizassem soluções pacíficas, como no caso do Irã . Tais episódios fortaleceram as desconfianças do Brasil em relação ao crescente militarismo francês, reforçando as ressalvas diplomáticas brasileiras a uma nova parceria estratégica que envolvesse a aquisição de mais sistemas de armas daquele país.

Em 2009, a FAB e a Embraer emitiram pareceres de apoio ao Gripen NG, entretanto, tais notas pareceram na ocasião não ter provocado maiores repercussões junto ao governo brasileiro. Em 2012, a Suiça, outro país neutro em meio às históricas disputas do continente europeu, encomendou 22 unidades do Gripen JAS 39E. Isso pareceu indicar que a parceria com a SAAB poderia realmente auferir maior autonomia estratégica e geopolítica a um país como o Brasil.

A partir de 2011, no governo Dilma Rousseff, as negociações com os EUA foram retomadas e alguns aspectos das negociações realmente pareciam indicar uma possível escolha do F-18 Super Hornet. Entretanto, a estratégia dos neoconservadores estadunidenses de tentar barrar a construção de um mundo multipolar, sabotando a emergência de novos pólos regionais, tem sido interpretada como uma opção militarista e ofensiva que ameaça os interesses de longo prazo do Brasil. Na última década, a continuidade da posição estadunidense de ampliar a presença militar na América do Sul e no Atlântico Sul, desagradou muito profundamente o Brasil. Isso se deu, em um primeiro momento, com a tentativa dos EUA de ampliar a presença militar na Colômbia e no Peru. A percepção de ameaça brasileira se avultou ainda mais após a recriação da IV Frota estadunidense em 2008, que teria ampla capacidade para atuar em todo o Atlântico Sul, podendo inclusive ameaçar o Pré-Sal brasileiro com facilidade. Essa situação tornou-se progressivamente crítica após o explícito apoio dos Estados Unidos ao golpe que derrubou o Presidente Lugo no Paraguai, um aliado estratégico do Brasil, em 2012; tal apoio foi seguido da retomada das negociações para a instalação de uma base estadunidense no chaco paraguaio, próximo de uma região onde já existe um movimento insurgente guerrilheiro declaradamente anti-Brasil. Considerando o nível de ameaça que tal postura dos EUA representa para o principal projeto geopolítico e estratégico do Brasil na atualidade, a Integração Regional Sul-Americana, tudo indica que o F-18 havia se tornado uma aquisição politicamente inviável. Entretanto, tal situação só se tornaria pública com os recentes escândalos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês) contra o governo brasileiro, pois até mesmo os poucos militares que ainda apoiavam a escolha da aeronave estadunidense viram-se em uma posição insustentável.

Por fim, a recente visita de François Hollande – acompanhado do presidente da Dassault – ao Brasil, em dezembro de 2013, pareceu indicar para alguns analistas que o Rafale F3 estaria de volta e poderia ainda ter alguma chance na concorrência. Contudo, a medida se assemelha antes a uma última e desesperada tentativa da França de reverter uma decisão já consolidada pelo governo brasileiro.

Foi nesse contexto que, no dia 18 de dezembro deste ano, o Ministro da Defesa Celso Amorim tornou pública a decisão de que o Gripen NG da sueca Saab será o novo caça brasileiro. Uma decisão histórica e que pode ser considerada estrategicamente acertada por diversos motivos políticos, econômicos, tecnológicos, tático-operacionais e estratégicos.

Celso Amorim anuncia compra de caças Suecos Gripen NG
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil.

Em termos tático-operacionais, importa destacar que o Gripen NG é uma aeronave que atende bem às necessidades de defesa brasileiras. Trata-se de um caça supersônico multiemprego, com capacidade de decolar com carga máxima de 16,5 toneladas, bem menos que seus concorrentes. Contudo, sendo mais leve e com capacidade para até sete toneladas de combustível, o avião tem 1.300 km de raio de combate plenamente armado e alcance máximo de 4.000 km, o que é central para um país de dimensões continentais como o Brasil. É fundamental que a aeronave principal da FAB tenha alcance para sair do Planalto Central e alcançar rapidamente a Amazônia ou a zona do Pré-Sal, ou que do litoral brasileiro possa ameaçar diretamente uma frota inimiga estacionada no meio do Atlântico Sul, mesmo que necessite de reabastecimento em voo na volta.

Gripen lançando míssil - foto SAAB
Gripen lançando míssil. Foto: Saab.

Com capacidade para transportar até 7,2 toneladas de armas, o caça pode levar mísseis antinavio, assim como bombas de grande porte para ataque a alvos em terra e no mar. Com apenas uma turbina, o Gripen consome menos combustível e sua manutenção se torna mais rápida e econômica, sendo que a troca da turbina pode ser feita em menos de uma hora em situações de urgência.

Sistemas de armas multipropósito do Gripen NG - fonte SAAB
Fonte: Saab.

Apontada por alguns como uma desvantagem, o avião sueco não possui a capacidade de lançar armas nucleares. Entretanto, para o Brasil isto não representa um problema, pois o país não dispõe de tal capacidade devido aos compromissos assumidos pelo país de não desenvolvimento de artefatos nucleares, desde a assinatura do TNP, mas principalmente, devido à estratégia pacifista adotada pelo país para sua inserção internacional.

O Gripen conta ainda com outras inovações tecnológicas de última geração, como recurso de Guerra Centrada em Rede (NCW) que operará em combinação com o sistema E-99 Erieye (SAAB, 2011), dos aviões EMB-145 AEW&C (Airborne Early Warning and Control) de vigilância antecipada e controle da FAB, fabricados pela Embraer.

O Gripen possui outras vantagens técnicas, como o fato de ser considerada a mais ágil e manobrável aeronave de caça para combates aéreos de curtas distâncias que se encontra disponível atualmente no mercado aeronáutico internacional. O Gripen NG apresenta, ainda, a característica de ser mais barato tanto no custo unitário que os concorrentes (cerca de 125 milhões de dólares até 2023), quanto no custo por hora de voo, apenas 4 mil dólares. Isto é muito importante para garantir que os custos de manutenção e horas de voo do avião não consumam parcelas significativas do orçamento da FAB, dificultando, por exemplo, o desenvolvimento de novas gerações de caças a partir do NG.

Outro ponto positivo do caça é a sua capacidade de pouso em pistas curtas: o caça consegue pousar em pistas bem pequenas, de apenas 500 metros, o que facilita a utilização de uma grande diversidade de bases para abastecimento e reparos durante operações, inclusive pistas curtas existentes na Amazônia. O plano das FAB é distribuir os caças por diversas bases no Brasil, diminuindo a vulnerabilidade e aumentando a capacidade operacional em diversos possíveis teatros de combate, ampliando significativamente a capacidade de defesa do espaço aéreo nacional.

Gripen decolando - foto: Liander
Foto: Liander / Saab.

Modelos anteriores do Gripen já voam na Suécia, África do Sul, Tailândia, República Tcheca e Suíça. O “Gripen NG BR”, por outro lado, será desenvolvido em parceria entre a Saab e a Embraer, que participará da produção da aeronave, na qual até 40% das novas tecnologias empregadas poderá ser desenvolvida e fabricada nacionalmente.
“Uma grande parte do trabalho de desenvolvimento do Gripen NG será de responsabilidade da indústria brasileira. A tecnologia e os componentes do Gripen NG produzidos no Brasil não serão replicados em nenhum outro lugar do mundo, o que significa que os sistemas Gripen NG fabricados no Brasil serão instalados em cada novo caça Gripen NG a ser fabricado para todos os futuros clientes, inclusive a Suécia.”. (SAAB, 2010, p. 5)
Fica claro, portanto, que o grande trunfo do Gripen está na disposição da Suécia em transferir tecnologias sensíveis e desenvolvê-las conjuntamente com o Brasil, uma variável considerada determinante pelo país desde a publicação da Estratégia Nacional de Defesa pelo governo Lula, em 2008 e expressos no Livro Branco de Defesa Nacional de 2012 (BRASIL, 2008a; 2008b; 2012).
1. New avionics concept: safety critical and mission functions are separated from each other. This allows mission functions to be upgraded rapidly without having to re-test safety critical functions. In addition, modularisation enables integration of customer programmes and software. Extensive growth potential in computer capacity. Using off the shelf components from third party suppliers reduces the risk of the system becoming obsolete, and ensures costs are kept low.  2. Additional internal fuel tanks: increases range, gives the ability to remain in the air for longer, and allows the aircraft to carry more external weapons and stores.  3.  Air-air refueling probe.  4. A wider and longer body with the landing gear placed further out: allows the aircraft to carry more stores under the fuselage. Enhances air-to-air combat in particular.  5. Human-machine interface: gives the pilot extremely good situation awareness, and also helps in analyzing the tactical situation and the possible lines of action, thereby supporting the pilot’s decision making.  6. Ten external hardpoints: for carrying air-to-air and air-to-surface weapons, additional fuel tanks, surveillance pods and targeting pods.  7. Powerful engine – General Electric’s F414G: the same as used by the F/A-18 Super Hornet.  8. Latest generation Active Electronically Scanned Array (AESA) radar system produced by Selex Galileo: with an upgraded ability to follow different targets, it provides a higher range and angle coverage and is more resistant to disruptive enemy action.  9. Passive infrared search and track system (IRST): can detect targets by their heat  signature, allowing Gripen to attain early situation awareness without emitting its own radar energy.  10. Comprehensive electronic warfare self-defence system.
Principais componentes do Gripen E. Ilustração: Saab.

Saab Gripen Brasil
Ilustração: Saab.

Enquanto o Rafale F3 e F-18 Super Hornet – que apresentavam propostas de transferência de tecnologia limitadas – são modelos prontos, o Gripen tem a possibilidade de ser adaptado às exigências brasileiras, pois ainda está em fase de desenvolvimento. Isso importa especialmente porque o Gripen precisará cobrir grandes distâncias – como demanda uma aeronave a operar no território ou nas águas jurisdicionais brasileiras e importa para que possa lançar mísseis desenvolvidos no Brasil. Embora o atual modelo não seja capaz de ser embarcado em porta-aviões, a Saab já está a desenvolver uma proposta inicial para uma versão naval do caça, que pode vir a ser desenvolvida nos próximos anos para atender às demandas da Índia por uma aeronave desse modelo.

Projeto inicial do Sea Gripen exibido na LAAD 2013 - foto: SAAB
Projeto inicial do Sea Gripen exibido na LAAD 2013. Foto: Saab.

Além disso, a Saab estuda a possibilidade de financiar a compra dos caças: o governo brasileiro só começaria a pagar em 2023, quando as 36 aeronaves já tiverem sido entregues. Considerando que esse número pode ser aumentado para até 100 caças, caso seu desempenho mostre-se satisfatório ao governo brasileiro, tais negociações podem se mostrar uma das mais importantes da atual década no mercado de aeronaves mundial.

Contudo, enquanto as novas aeronaves encomendadas estiverem sendo fabricadas, o Brasil tem um problema de curto prazo a ser resolvido que é a aquisição de uma aeronave moderna especificamente para defender a capital, função até então desempenhada pelo obsoleto Mirage 2000. No longo prazo, o objetivo estratégico de assegurar a superioridade aérea em território nacional não poderá continuar dependendo apenas da disponibilidade de uma aeronave tecnologicamente superior. Para garantir a superioridade aérea e o poder de dissuasão do país, é necessário garantir uma rede de sistemas de sistemas combate, além dos sistemas de detecção, guiagem, comando e controle. Isso significa que em um futuro muito próximo será crítica a posse de satélites de detecção e guiagem, de radares de arranjo fásico de longo alcance, sistemas de mísseis antiaéreos de curto, médio e, especialmente, de longo alcance, mísseis antimísseis para proteger a capital e as maiores metrópoles e infraestruturas críticas do país, e, inclusive, aeronaves de última geração fabricadas no país. Isso significa que um dos próximos desafios do país é começar a planejar o desenvolvimento de uma aeronave de quinta geração, que poderá ser desenvolvida à partir da tecnologia do próprio Gripen, mas necessitará de mais parceiros para se tornar uma realidade.

Enquanto isso, o país tem diferentes opções de curto prazo, como adquirir modelos anteriores do Gripen, ou outros modelos de aeronaves, inclusive de outras nacionalidades. A princípio a primeira alternativa parece a mais provável, pois o governo sueco já manifestou a possibilidade de envio de aeronaves da geração atual, como Gripen C/D, para suprir o vácuo que existirá até 2018, quando estima-se que os primeiros Gripen NG entrarão em serviço (CHAGAS, 2013). Esta possibilidade abriria espaço para permitir a aquisição de conhecimento técnico e tático sobre esta família de aeronaves enquanto o Gripen NG está sendo fabricado. Tal negociação deve ser finalizada em 2014, caso os suecos confirmem a intenção de adquirir cerca de 10 KC- 390 fabricados pela Embraer, para substituir os Hércules suecos. Caso não se concretize, a outra opção, da aquisição rápida de aeronaves usadas para uso imediato, de outra nacionalidade e em quantidade reduzida, pode se mostrar necessária.

Destarte, importa ressaltar que a instalação da linha de produção de parte do Gripen no Brasil será um impulso fundamental para a construção da Base Industrial de Defesa nacional: a indústria aeronáutica terá um novo fôlego, atuando como mais um vetor para a criação de empregos técnicos de alta qualificação e para a geração de renda no país. Além da estrutura do avião, diversas partes do Gripen NG serão fabricadas pela indústria brasileira, e não serão replicados em nenhum outro lugar do mundo. Assim, os sistemas e componentes fabricados no Brasil serão instalados em todos os Gripen NG vendidos pela Saab, inclusive para a Força Aérea da Suécia. Além da Embraer já estão confirmadas a participação das empresas brasileiras Aeroeletrônica, Akaer, Atech, INBRA e Mectron, na fabricação de componentes do Gripen NG.

Peças da fuselagem central e da asa do Gripen-NG que serão fabricadas pela empresa brasileira Akaer
Peças da fuselagem central e da asa do Gripen-NG que serão fabricadas pela empresa brasileira Akaer. Fonte: Akaer / Divulgação.
 
Na perspectiva mais otimista, a parceria Brasil-Suécia pode vir a resultar em processos de aquisições acionárias e até em uma fusão parcial entre a Embraer e a Saab. Considerando que a Suécia demonstra intenções de desenvolver turbinas aeronáuticas novas a partir das turbinas licenciadas atualmente produzidas pela sueca Volvo, tal parceria pode viabilizar o tão sonhado projeto brasileiro de fabricar suas próprias turbinas de grande potência. Principalmente porque a aquisição por outros países pode viabilizar, finalmente, a escala necessária pra tal empreendimento, e tanto Brasil como Suécia ganhariam em autonomia tecnológica e estratégica.
 
Ainda, o Brasil terá a possibilidade de vender estas aeronaves de quarta geração para os países da UNASUL e, possivelmente, outros países emergentes, pois o acordo prevê explicitamente a reserva de certos mercados ao Brasil. No primeiro caso, pensando-se na integração das cadeias produtivas sul-americanas, é factível ponderar que no processo de desenvolvimento de uma Indústria de Defesa Sul-Americana, desde a industrialização de matérias-primas críticas, até a produção de componentes, possam vir a ser desenvolvidos conjuntamente com outros parceiros estratégicos do Brasil, como a Argentina. Isto pode favorecer a produção e venda desta aeronave em diferentes mercados em um futuro próximo. Considerando, ainda, o caso dos países emergentes, importa destacar que, entre os BRICS, temos países como a África do Sul, que já possui aeronaves Gripen, e que desenvolve em parceria com o Brasil no desenvolvimento dos mísseis ar-ar A-Darter, que serão utilizados tanto em seus caças quanto nos caças brasileiros.
 
Gripen E. foto: Saab
Fonte: Saab.
 
Em relação ao desafio tecnológico de desenvolver uma aeronave de quinta geração, sem a dependência tecnológica das grandes potências tradicionais, fica claro que a parceria estratégica com a Suécia abre novas perspectivas geopolíticas para o Brasil. O Gripen NG está em fase de desenvolvimento, que será um processo completado conjuntamente entre Suécia e Brasil. O desafio de incorporar, dominar e desenvolver tecnologias aeronáuticas do Gripen NG representam apenas o primeiro passo para iniciar o desenvolvimento de aeronaves ainda mais modernas no futuro. Considerando os problemas de escala de produção e de incorporação de tecnologias, uma aeronave de quinta geração só se tornará viável caso o Brasil e a Suécia consigam outros parceiros entre os países emergentes, como Coreia do Sul, Turquia, África do Sul ou mesmo países da América do Sul, como a Argentina. Nesse cenário se tornaria interessante aprofundar a parceria Brasil-Argentina, e considerar seriamente que o desenvolvimento de um avião de quinta geração dos emergentes pode ter como mercado, além dos países mencionados, o conjunto dos países da UNASUL.

Neste contexto, o desafio político diplomático que se impõe ao Brasil é o de liderar uma coalizão de países emergentes capazes de construir uma aeronave de quinta geração sem a dependência das grandes potências.  Ao menos teoricamente, bastaria que tal coalizão de países emergentes incluísse parceiros com interesses comuns de longo prazo, especialmente países emergentes favoráveis à resolução pacífica de conflitos regionais e defensores da consolidação da multipolaridade, que, em conjunto sejam detentores de tecnologias complementares e com capacidade de compra de aeronaves, como são os citados casos da África do Sul, Argentina, Coreia do Sul, Turquia e Suécia.

Dessa forma, a decisão anunciada no dia 18 de dezembro – que não por acaso é quando se comemora o dia da aviação de caça no Brasil – é um marco na política de defesa brasileira, pois aumenta a perspectiva de desenvolvimento de nossas capacidades dissuasórias e de desenvolvimento industrial-tecnológico. Mostra-se, ainda, um importante passo na diversificação das parcerias estratégicas do país, consolidando a busca por uma inserção internacional mais autônoma e soberana. A escolha do Gripen demonstra ser especialmente acertada para o Brasil devido ao elevado potencial para produzir sinergia com os principais objetivos estratégicos do país, o desenvolvimento tecnológico e industrial, o aprofundamento da Integração Regional Sul-Americana e a construção de um mundo multipolar.

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Referências:

AMORIM, Celso L. N. (2009). A integração sul-americana. Revista Diplomacia, Estratégia, Política, n. 10, out-dez, 2009. p. 5-26. Brasília, DF. <http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/Dep_10_portugues.pdf>

BRASIL (2007). Decreto nº 6.011, de 5 de janeiro de 2007. Promulga o Acordo para Cooperação na Área da Aeronáutica Militar entre o Governo da República Federativa do Brasil e a República Francesa, celebrado em Paris, em 15 de julho de 2005. Presidência da República. Brasília, 2007. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6011.htm>

BRASIL (2008). Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008. Aprova a Estratégia Nacional de Defesa, e dá outras providências. Presidência da República. Brasília, DF.

BRASIL (2008). Estratégia Nacional de Defesa. Ministério da Defesa, Secretaria de Assuntos Estratégicos. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.sae.gov.br/site/wp-content/uploads/Estrat%C3%A9gia-Nacional-de-Defesa.pdf>.

BRASIL (2012). Livro Branco de Defesa Nacional. Ministério da Defesa.  Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/2012/mes07/lbdn.pdf>.

CHAGAS, Paulo  Victor (2013). Brasil negocia com Suécia cessão antecipada de caças. Agência Brasil, 20 de dezembro de 2013. Agência Brasileira de Comunica,ção, EBC. Brasília, DF. <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-20/brasil-negocia-com-suecia-cessao-antecipada-de-cacas>.

FERNANDES, Lito Nunes; DIALLO, Mamadou Alpha; GARCIA, Maria Lorena Allende (2012). Conflito na Líbia: Uma análise crítica do intervencionismo ocidental pelo poder e recursos energéticos em nome da defesa da democracia. Pambazuka News, 03 de março de 2012, ed. 41. <http://www.pambazuka.org/pt/category/features/80407/print>.

GUIMARÃES, Samuel P. (2007). O mundo multipolar e a integração sul americana. Revista Comunicação & Política, v. 25, nº 3, p. 169-189. <http://www.cebela.org.br/imagens/Materia/04NCT02%20Samuel.pdf>

SAAB (2011). Gripen NG – Tecnologia independente para o Brasil. Saab Group.  Portal da SAAB, Publicações da SAAB,  Fact sheets. <http://www.saabgroup.com/Global/Documents%20and%20Images/Air/ Gripen/Gripen%20segment%20solution/Gripen_factsheet_Brazil_V2.pdf>

SAAB (2010). Gripen Brasil: nascido para voar.  Saab Group. Portal da SAAB,  Gripen campaign sites. Gripen para o Brasil.   <http://www.saabgroup.com/Global/Documents%20and%20Images/Air/ Gripen/Gripen%20for%20Brazil/GRIPEN_Brazil_Nascido_Para_Voar_portug.pdf>

SAAB (s.d.). O Gripen para o Brasil: A aeronave de combate mais avançada do mundo.  Portal da SAAB,  Gripen campaign sites.  O Gripen para o Brasil.   <http://www.saabgroup.com/pt/Air/Gripen-Fighter-System/Gripen-Para-o-Brasil/O-Caca-Gripen-NG/> Acesso: Dezembro/2013

SAAB (s.d.). O Gripen para o Brasil: A aeronave de combate mais avançada do mundo.  Portal da SAAB,  Gripen campaign sites.  O Gripen para o Brasil, O Programa Gripen NG. <http://www.saabgroup.com/pt/Air/Gripen-Fighter-System/Gripen-Para-o-Brasil/O-Caca-Gripen-NG/O-Programa-Gripen-NG-/> Acesso: Dezembro/2013

OLIVEIRA, Lucas Kerr; SILVA, Igor Castellano; DIALLO, Mamadou Alpha (2011). A crise da Costa do Marfim: A desconstrução do Projeto Nacional e o Neo-Intervencionismo francês. Conjuntura Austral, v. 1, 2011. p. 1-30. <http://seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/view/20643/12059>

RIEDIGER, Bruna F. (2013). A posição brasileira frente ao conflito na Síria (2011-2013). Conjuntura Austral, Vol. 4, nº 20, Out.Nov/2013, p. 35-53. <http://seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/download/43390/27335&gt;>

VIDAL, Camila Feix (2013). O protagonismo brasileiro diante da declaração de Teerã. Conjuntura Austral, Vol. 4 , nº 18, Jun.Jul/2013, p. 41-61. <http://seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/download/37341/25971&gt;>

VISENTINI, Paulo G. F. (2012). A Primavera Árabe: entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo. Editora Leitura XXI: Porto Alegre, RS.

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Sobre os autores:

Lucas Kerr Oliveira é Professor Adjunto no curso de Relações Internacionais e Integração na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, UNILA, Doutor em Ciência Política e Mestre em Relações Internacionais pela Ufrgs, pesquisador colaborador do ISAPE. 
Giovana E. Zucatto é Graduanda em Relações Internacionais pela Ufrgs, pesquisadora associada do ISAPE. 
 
Bruno Gomes Guimarães é Mestrando em Relações Internacionais em programa conjunto da Universidade Livre de Berlim, da Universidade de Potsdam e da Universidade Humboldt, Bacharel em Relações Internacionais pela Ufrgs, pesquisador associado do ISAPE.

Pedro V. Brites é Mestrando em Estudos Estratégicos Internnacionais e Bacharel em Relações Internacionais pela Ufrgs, é Diretor Geral do ISAPE. 
Bruna C. Jaeger é Graduanda em Relações Internacionais pela Ufrgs, pesquisadora associada do ISAPE.


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Leia mais sobre o novo caça da FAB aqui: SAAB Gripen Handbook.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dilma e Patriota escolhem novos nomes para áreas estratégicas da política externa do Brasil

Agência Brasil, 11/12/2012

Dilma e Patriota escolhem novos nomes para áreas estratégicas da política externa

Renata Giraldi

Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério das Relações Exteriores  promoverá mudanças em duas áreas estratégicas: a Secretaria-Geral e a Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros. O atual embaixador do Brasil no Paraguai, Eduardo Santos, assumirá a Secretaria-Geral do Itamaraty. Para a área econômica, o escolhido é o embaixador Enio Cordeiro. As mudanças foram anunciadas, internamente, ontem (10).  

A escolha de Santos e Cordeiro demonstra a relevância da América do Sul para o governo da presidenta Dilma Rousseff. Santos é considerado um dos nomes mais preparados do Itamaraty - foi assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, no período do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além ter ocupado postos na América do Sul e Europa.

Santos acompanhou de perto a crise no Paraguai, deflagrada pela destituição do então presidente Fernando Lugo – que deixou o poder após a aprovação de um impeachment. Para os presidentes sul-americanos, a destituição ocorreu em meio ao rompimento da ordem democrática.

Embaixador em Assunção, Santos foi elogiado por integrantes do governo pela forma como lidou com os acontecimentos. Antes, ele havia se destacado ao mediar as tensões entre brasiguaios (brasileiros que moram no Paraguai) e o governo Lugo.

Cordeiro é apontado como um especialista em América do Sul. Embaixador em Buenos Aires, ele lida cotidianamente com as negociações entre os governos do Brasil e da Argentina. Para os brasileiros, os argentinos impõem barreiras que dificultam a entrada de produtos na região.

O atual subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros, Waldemar Carneiro Leão, será o novo embaixador do Brasil na China. Os chineses são os principais parceiros comerciais do Brasil e de vários países sul-americanos.

Edição: Graça Adjuto

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eleição de José Graziano para FAO é vitória da Política Externa do Brasil

Carta Maior
 
26/06/2011

Eleição de Graziano é vitória da política externa do Brasil

Marco Aurélio Weissheimer
 
Na avaliação do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, eleição de José Graziano da Silva para a direção-geral da FAO é uma vitória da política externa brasileira, do governo da presidenta Dilma Rousseff e da agricultura brasileira. “A eleição do doutor Graziano significa o reconhecimento do êxito da política externa da presidenta Dilma. Disputamos essa eleição com um candidato muito forte (o espanhol Miguel Anges Moratinos). Foi uma disputa política muito dura onde só um vence. É preciso que se reconheça isso internamente", disse o embaixador à Carta Maior.



A eleição de José Graziano da Silva para a direção-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) é uma vitória da política externa brasileira, do governo da presidenta Dilma Rousseff e da agricultura brasileira, disse à Carta Maior o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Alto Representante-Geral do Mercosul. “A eleição de Graziano significa o reconhecimento da importância do Brasil na área da agricultura, tanto na agricultura voltada para a exportação, quanto na agricultura familiar, onde o país teve um grande desenvolvimento agrário e social nos últimos anos, com programas altamente eficientes”.

Samuel Pinheiro Guimarães enfatizou o significado da escolha para a política externa brasileira. “A eleição do doutor Graziano significa o reconhecimento do êxito da política externa da presidenta Dilma. Disputamos essa eleição com um candidato muito forte (o espanhol Miguel Anges Moratinos). Foi uma disputa política muito dura onde só um vence. É preciso que se reconheça isso internamente. Foi uma vitória do governo e do Brasil”.

José Graziano da Silva assumirá a FAO num momento em que a segurança alimentar mundial voltou a ser tema de preocupação em virtude do preço dos alimentos. Samuel Pinheiro Guimarães lembrou que há uma demanda crescente por alimentos no mundo, o que abre uma grande oportunidade para o Brasil. “Temos a oportunidade de aproveitar essa situação para gerar receita para o país. Internamente, devemos aproveitar para agregar valor aos nossos principais produtos, como açúcar, soja e outros”.

O Alto Representante-Geral do Mercosul também destacou a importância da eleição de Graziano para as políticas de integração na área da agricultura que vem sendo implementadas no bloco sulamericano. “Isso naturalmente vai facilitar o aprofundamento dessas políticas que avançaram bastante nos últimos anos. Já uma cooperação muito estreita nesta área no âmbito do Mercosul, com um intercâmbio muito importante de experiências como o Programa de Aquisição de Alimentos e as políticas de micro-crédito”.


http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17974

 

sábado, 15 de janeiro de 2011

Debate sobre os desafios da Política Externa do governo Dilma



Rodrigo Vianna do Record Mundo analisa a posse de Dilma Rousseff e os desafios que ela terá na área da política externa.

Para debater o assunto, Rodrigo recebe o jornalista e cientista político prof. Igor Fuser da Fundação Escola de Sociologia e Política e o prof. Guilherme Casarões da FAAP e das Faculdades Integradas Rio Branco.

Itália insulta o Brasil no caso Battisti, diz filósofo italiano Toni Negri

UOL Notícias

15/02/2009

Itália insulta o Brasil no caso Battisti, diz filósofo italiano Toni Negri 

Thiago Scarelli 

Do UOL Notícias Em São Paulo (SP)

A Itália adota uma postura "insultante" com o Brasil no conflito em torno do ex-ativista Cesare Battisti, porque não se trata de um país desenvolvido, e mente quando diz que vivia um Estado de Direito nos anos 70. A análise é do filósofo italiano Antonio Negri, que passou mais de dez anos preso por seu envolvimento com a militância de esquerda na Itália.

Negri é co-autor, com Michael Hardt, do livro "Império", publicado no Brasil em 2001 e umas das obras mais importantes e polêmicas sobre o processo de globalização. Com Giuseppe Cocco, publicou "Global - Biopoder e Luta em uma América Latina Globalizada", em 2005.

Macarena Lobos/Folha Imagem

Quem é Toni Negri

Antonio Negri, 75, é um filósofo italiano,
professor da Universidade de Pádua (Itália)
e do Colégio Internacional de Paris (França).
Entre os anos 50 e 70, participou dos
movimentos de esquerda na Itália, condenando
tanto a direita quanto o stalinismo.
Esteve preso entre 1979 e 1983, depois se
exilou na França por 14 anos. Condenado
por subversão, o filósofo voltou para a
Itália em 1997 e cumpriu pena até 2003.
Atualmente, divide seu tempo entre
Veneza e Paris, cidades onde desenvolve
atividades acadêmicas
Leia abaixo a entrevista completa, concedida por Negri via telefone desde Veneza.

UOL - Como o senhor vê a posição da Itália no caso Battisti?

Antonio Negri - A posição italiana é uma posição muito complexa. Como se sabe, o governo italiano é um governo de direita e é um governo que, depois de 30 anos, retomou a perseguição das pessoas que se refugiaram no exterior depois do final dos anos 70, depois do final dos anos nos quais na Itália houve um forte movimento de transformação, de rebelião. E, portanto, o governo italiano retoma hoje uma campanha pela recuperação destas pessoas. Em particular, tentou fazê-lo com a França, para conseguir a extradição de Marina Petrella [condenada por subversão pela justiça italiana] e não conseguiu porque o governo francês, a presidência francesa [Nicolas Sarkozy], impediu. Neste ponto, aparece em um momento exemplar o caso Battisti.

UOL - O que o senhor quer dizer com perseguição? É perigoso neste momento para Battisti retornar à Itália?

Negri - Eu não sei se é perigoso. Mas é certo que ele foi condenado à prisão perpétua e seria para ele uma situação muito grave.

UOL - Um dos motivos que o Brasil cita para manter o refúgio político é a ameaça de perseguição política contra Battisti...

Negri - Mas seguramente ele seria alvo de uma perseguição política e midiática.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brasil exporta US$ 201,916 bilhões em 2010, um recorde histórico

Blog do Planalto


Segunda-feira, 3 de janeiro de 2011 às 15:22

Brasil exporta US$ 201,916 bilhões em 2010, um recorde histórico

As exportações brasileiras fecharam o ano passado em US$ 201,916 bilhões, um recorde histórico, acima do resultado obtido em 2008, US$ 197,999 bilhões, até então o maior da história do comércio exterior brasileiro. Em 2010, as importações atingiram o volume de US$ 181,638 bilhões – também superior ao resultado de 2008, que atingiu US$ 172,984 bilhões. Assim, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) de 2010 foi de US$ 383,554 bilhões (média diária de US$ 1,528 bilhão). O superávit (diferença entre exportações e importações) alcançou US$ 20,278 bilhões (média diária de US$ 80,8 milhões).

Os números da balança comercial foram divulgados nesta segunda-feira (3/1) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com as exportações de 2009 (US$ 152,995 bilhões), houve crescimento de 31,4%, pelo critério da média diária. Nas importações, também pela média, houve aumento de 41,6% sobre os US$ 127,720 bilhões (média diária de US$ 510,9 milhões) de 2009.

Já a corrente de comércio registrou crescimento de 36,1%, em relação ao mesmo período de 2009, que registrou US$ 280,715 bilhões (média diária de US$ 1,122 bilhão). Na comparação com a média diária, o saldo em 2010 é 20,1% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve superávit de US$ 25,275 bilhões (média diária de US$ 101,1 milhões).

domingo, 2 de janeiro de 2011

Primeira visita de Dilma Rousseff ao exterior será à Argentina

Agência Brasil

02/01/2011

Argentina será primeiro país visitado por Dilma Rousseff

Débora Zampier

Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Argentina será o primeiro país visitado pela presidenta Dilma Rousseff, confirmou hoje (2) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ainda em janeiro, o país será representado pelo próprio Patriota, em visita agendada para o próximo dia 10 e, na sequência, no dia 16, pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.

“Conversei com a presidente Dilma Rousseff e ela tem intenção de ir a Buenos Aires logo no início do ano, antes da Cúpula América do Sul Países Árabes”, afirmou Patriota. A cúpula ocorrerá em Lima, no Peru, em meados de fevereiro. Segundo o chanceler argentino, Héctor Timerman, a data da visita de Dilma ainda está em negociação porque a presidenta argentina, Cristina Kirschner, tem uma viagem programada para o Oriente Médio.

Mais cedo, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia havia dito que, além da Argentina, outros países que deverão ser visitados em breve por Dilma Rousseff são o Uruguai, os Estados Unidos e a China.

Após encontro no fim da tarde de hoje (2), Patriota e Timerman lembraram que a boa relação de ambos vem desde os tempos em que foram embaixadores nos Estados Unidos. “Vou com a satisfação de saber que a amizade entre mim e Antonio é a mesma amizade entre o Brasil e a Argentina, países que caminham juntos e integrados”, destacou Timerman.

Edição: Lana Cristina

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O chanceler brasileiro Celso Amorim fala sobre o sucesso da Política Externa do governo Lula

Folha de S. Paulo


15/11/2010 - 07h00

Celso Amorim: 'Sempre digo que Pelé só teve um; igual a Lula não vai ter'

Eliane Castanhêde

COLUNISTA DA FOLHA

"Não lamento nada." Com essa frase, dita em francês e emprestada de Edith Piaf, o ministro Celso Amorim, 68, termina oito anos à frente do Itamaraty defendendo de forma enfática sua política, que batizou de "altiva e ativa".









Mantém as críticas aos EUA, carrega nas tintas ao pintar o protagonismo do Brasil no comércio e na política externos e defende a posição que o país teve em casos polêmicos, como mediar o acordo nuclear do Irã.

Sérgio Lima - Folhapress   
Ele diz que cumpriu sua missão e que seria "incapaz" de se candidatar a permanecer no governo Dilma Rousseff. Compara o presidente a Pelé e vaticina: "Igual a Lula não vai ter, mas não quer dizer que Dilma não vá fazer um governo extraordinário". 

Segue a íntegra a entrevista, cujos principais trechos são publicados na Folha de hoje.


FOLHA - O sr. é candidato a continuar no cargo?
 
CELSO AMORIM - Fiquei muito contente com a vitória da ministra Dilma, com quem sempre tive relações da melhor qualidade. Isso não significa que eu vá, ou possa, criar algum tipo de constrangimento. Eu seria incapaz de me colocar como candidato a alguma coisa, ou cobrando alguma coisa. Isso não existe.
E, se você olhar sob o ponto de vista da vaidade pessoal, eu passei o Barão do Rio Branco em número de dias no ministério. Sou o ministro mais longo da história do Itamaraty e o segundo mais longevo de todos. Só o Gustavo Capanema ficou mais tempo do que eu.
O "Foreign Affairs" me colocou como o melhor chanceler do mundo. Honestamente, o que mais eu posso querer? É melhor sair no ápice do que esperar acontecer alguma coisa.
 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Lula fala sobre o sucesso da Política Externa durante a formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, Itamaraty

Agência Brasil

05/11/2010

Lula diz que política externa de seu governo é vencedora

Yara Aquino e Priscilla Mazenotti

Repórteres de Agência Brasil

 Brasília - Ao participar de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da carreira para as relações com outros países. Ele citou casos em que diplomatas brasileiros resolveram conflitos com nações da América Latina, como no episódio da compra de gás boliviano e na divergência com o Paraguai sobre a energia produzida por Itaipu.

Lula também lembrou a relação comercial do Brasil com a Argentina. “Na medida em que o Brasil começou a confiar na Argentina e ela começou a confiar no Brasil, foi o resultado mais exitoso de toda a relação entre os países. Não podemos prescindir um do outro. Não somos adversários, somos parceiros”, disse. Para ele, a entrada da Venezuela no Mercosul será fundamental para fortalecer o bloco. A adesão do país ao Mercosul ainda depende da aprovação do Paraguai.

O presidente também lembrou o começo de seu governo, quando decidiu visitar países africanos, para estreitar laços diplomáticos. “Lembro de quantos desaforos recebi quando decidimos ir para a África. O hábito era ir para Paris”, disse. “Hoje vocês vão encontrar um Brasil muito mais consolidado e representado com a África, com o México, com a América Latina e o Caribe”, acrescentou.

Durante o discurso, Lula fez uma crítica a governos anteriores afirmando que era comum contemplar um político que tinha perdido uma eleição com um cargo na área de relações exteriores, em vez de indicar um integrante da carreira. “Tem gente que nem foi tão grande e caiu aqui de paraquedas para fazer política externa”, afirmou. O presidente ainda disse que a política externa de seu governo é vencedora e que os que vieram antes dele devem estar pensando por que não fizeram antes o que foi feito por Lula.

Ele fez, ainda, uma homenagem à presidenta eleita, Dilma Rousseff. Disse que os novos diplomatas vão encontrar um país que, depois de eleger um metalúrgico, vai ser presidido pela primeira vez por uma mulher. “E não uma mulher qualquer, mas uma que esteve condenada ao sacrifício e tortura porque, quando tinha 20 anos, ousou colocar a manga de fora e lutar pela liberdade democrática”, disse. “Essa geração já tinha perdido a esperança e agora chega à Presidência pelas vias democráticas. E, vencendo todos os preconceitos do mundo, ela, no dia 1º de janeiro, tomará posse”, completou.

O presidente disse que os novos diplomatas irão representar um país que tem grande quantidade de petróleo. Falando do pré-sal, disse que “o óleo foi tirado com tecnologia de uma empresa que é motivo de orgulho”.

Lula acrescentou que eles também vão representar um país que tem uma grande instituição na área de tecnologia agrícola, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Esse é o Brasil que vocês vão ter orgulho de representar lá fora”, disse. “É um país que está construindo bibliotecas, que tem o maior programa habitacional do mundo, depois da China. Um país em que a autoestima está bem e um país que tem como único milagre o respeito”, disse.

A Turma Zilda Arns – a maior da história do Instituto Rio Branco – formou 115 diplomatas. Desse total, cerca de 40 já foram designados para representações diplomáticas brasileiras no exterior, principalmente na África, no Oriente Médio e na Ásia.

Edição: Juliana Andrade



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Serra representa Brasil submisso aos interesses dos EUA"

CARTA MAIOR

20/10/2010

"Serra representa Brasil submisso aos interesses dos EUA"

Em entrevista à Carta Maior, o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira afirma que o processo eleitoral brasileiro está infectado por uma intensa campanha terrorista e uma guerra psicológica promovido pela direita e por grupos de extrema-direita, como TFP, Opus Dei e núcleos nazistas do Sul do país. Para Moniz Bandeira, projeto representado por José Serra é o "do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros". 


Carta Maior: Qual a sua avaliação sobre o processo eleitoral brasileiro e sobre a disputa que ocorre agora no segundo turno? Como o sr. caracterizaria os dois projetos em disputa?

Moniz Bandeira: O atual processo eleitoral está infectado por uma intensa campanha terrorista, uma guerra psicológica, promovida não apenas direita, mas pela extrema-direita, como a TFP, OPUS DEI e núcleos nazistas do Sul, e sustentada por interesses estrangeiros, que financiam a campanha contra a política exterior do presidente Lula , pois não querem que o Brasil se projete mais e mais como potência política global. Os dois projetos em disputam são definidos: o Brasil como potência econômica e política global, socialmente justo, militarmente forte, defendido pela candidata do PT, Dilma Roussef; o outro, representado por José Serra candidato do PSDB-DEM, é o do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros.

Evidentemente, os Estados Unidos, quaisquer que seja seu governo, não querem que o Brasil se consolide como potência econômica e política global, integrando toda a América do Sul como um espaço geopolítico com maior autonomia internacional.


Carta Maior: Falando sobre política externa, o sr. poderia detalhar um pouco mais o que, na sua visão, as duas candidaturas representam?

Moniz Bandeira:  A mudança dos rumos da política externa, como José Serra e seus mentores diplomáticos pretendem, teria profundas implicações para a estratégia de defesa e segurança nacional. Ela significaria o fim do programa de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas, a suspensão definitiva da construção do submarino nuclear e a paralisação do desenvolvimento de tecnologias sensíveis, ora em curso mediante cooperação com a França e a Alemanha, países que se dispuseram a transferir know-how para o Brasil, ao contrário dos Estados Unidos. Essa mudança de rumos, defendida pelos mentores de José Serra em política externa, levaria o Brasil a aceitar a tese de que o conceito de soberania nacional desaparece num mundo globalizado e, com isto, permitir a formação de Estados supostamente indígenas, em regiões da Amazônia, como querem muitas 100 ONGs que lá atuam.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Celso Amorim: Brasil ajuda a desenhar nova realidade internacional

Carta Capital


14/09/2010
Um novo mapa do mundo

Celso Amorim  (*)

Há sete anos, quando se falava da necessidade de mudanças na geografia econômica mundial ou se dizia que o Brasil e outros países deveriam desempenhar um papel mais relevante na Organização Mundial do Comércio (OMC) ou integrar-se de modo permanente ao Conselho de Segurança na ONU, muitos reagiam com ceticismo. Desde então, o mundo e o Brasil mudaram numa velocidade acelerada e algumas supostas “verdades” do passado vão se rendendo ante a evidência dos fatos. As diferenças no ritmo de seu crescimento econômico em relação aos países desenvolvidos converteram os países em desenvolvimento em atores centrais da economia mundial.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lula deve defender no G20 reforma do Conselho de Segurança da ONU

Agência Brasil

25/06/2010

Lula deve defender no G20 reforma do Conselho de Segurança da ONU

Renata Giraldi

Repórter da Agência Brasil


Brasília – Em defesa da justiça e da representatividade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aproveitar as reuniões do G20 (grupo das maiores economias do mundo), no Canadá, para retomar a discussão sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O formato do órgão é o mesmo do período pós-2ª Guerra Mundial. Recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que essa estrutura indicava uma  “situação escandalosa”. Com 65 anos, o Conselho de Segurança da ONU não sofreu alterações nesse período. 

Para o Brasil, a estrutura que define cinco países como membros permanentes e dez como rotativos não representa o século 21. Uma das propostas de mudança é que entre os integrantes permanentes fiquem dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.

domingo, 13 de junho de 2010

Política Externa e Segurança Internacional em debate nas eleições para Presidente 2010, por Beto Almeida

Carta Maior

12/06/2010 

Serra, Bolívia e Irã: segurança para quem?

Como avaliar a extensão e a profundidade da preocupação do ex-ministro José Serra para com a segurança nacional se, quando ministro de FHC, participou desta espantosa política de desarmamento unilateral que é como pode ser chamada a desnacionalização da Embratel e a entrega de informações militares e governamentais brasileiras para o controle de um consórcio internacional muito vinculado à indústria bélica? Quem criou o apagão satelital agora clama para segurança? O artigo é de Beto Almeida.

Beto Almeida (*)


O candidato presidencial pelo PSDB tem insistido na crítica à atual política externa brasileira, à proposta da integração latino-americana. Foca na Bolívia, sobretudo, acusando o presidente Evo Morales de conivência com o narcotráfico. E critica também o governo Lula-Dilma por não adotar medidas de segurança mais eficazes no combate ao tráfico de drogas.

Porém, lembramos algumas medidas adotadas no governo da dupla FHC-Serra que diluíram a níveis gravíssimos a capacidade do estado de praticar indispensáveis políticas de soberania. Tomemos a privatização da Embratel. Com ela, todas as comunicações governamentais e de segurança nacional, além da cobertura nacional das TVs, que passam pelos antigos Brasil-SAT da empresa, estão hoje sob controle de consórcio internacional. Basta uma ligeira modificação no posicionamento dos satélites, por sabotagem ou por erro técnico - atenção para a elasticidade do termo - para causar um apagão em todo o território nacional. A informação é importante para compreender que concepção de segurança o ex-ministro de FHC está a alardear hoje.

Muito recentemente, com a aprovação da nova Estratégia Nacional de Defesa, a preocupação de importantes segmentos militares com aquela extravagante vulnerabilidade externa criada pela privatização-desnacionalização da Embratel, está sendo resolvida pelo governo atual. Por iniciativa da Aeronáutica, já há o planejamento para um satélite brasileiro, geoestacionário, por onde trafegarão as comunicações militares e governamentais, hoje sob comando de consórcios vinculados a operações militares destinadas a sustentar o expansionismo dos interesses do EUA sobre o Iraque, o Afeganistão e, bola da vez, o Irã, todos riquíssimos em energia. Como sabemos, estas grandes empresas registram grande vinculação com a indústria bélica, fonte de todas suas encomendas.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ONU elogia Brasil e afirma que acordo nuclear do Irã pode ser importante para reduzir tensões internacionais

Agência Brasil

27/05/2010

ONU elogia Brasil e afirma que acordo nuclear do Irã pode ser importante para amenizar tensões

Nielmar Oliveira

Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Na avaliação do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, o acordo para a troca de combustível nuclear assinado pelo Irã com a intermediação do Brasil e da Turquia pode vir a se tornar um passo importante para aliviar as tensões internacionais criadas a partir do avanço do programa nuclear iraniano.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

As relações do Brasil com o Irã e a questão nuclear, por André Luiz Reis da Silva

Meridiano 47

18/05/2010

As relações do Brasil com o Irã e a questão nuclear

André Luiz Reis da Silva


O Brasil e a diplomacia brasileira tiveram um grande sucesso nos últimos dias. Visto por muitos de forma cética, a interlocução do Brasil no caso do Programa Nuclear Iraniano teve bom resultado, embora provisório. O presidente Luis Inácio Lula da Silva intermediou, em Teerã, um acordo entre o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro da Turquia, Tayyiq Erdogan. O acerto tem como base o envio de 1,2 mil quilos de urânio iraniano para a Turquia, que estocaria o material enquanto França e Rússia o enriqueceriam em 20% – tratamento insuficiente para o uso militar, mas suficiente para fins pacíficos.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lula deve discutir temas polêmicos em encontros com Chávez e Lugo esta semana

Agência Brasil

25/04/2010

Lula deve discutir temas polêmicos em encontros com Chávez e Lugo esta semana

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma agenda internacional intensa nesta semana. Ele tem encontros marcados com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Fernando Lugo. Em pauta, temas polêmicos e que geram impasse. Com Chávez, Lula deve conversar sobre as tensões do venezuelano às voltas com as eleições parlamentares e as críticas internas e externas decorrentes da crise energética. A conversa vai ser dia 28, em Brasília.


domingo, 21 de março de 2010

Presidente Lula no Oriente Médio: Israel e Palestina

Entrevista com o Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim

(março/2010)

"O Brasil inspira confiança no mundo" 





PRESIDENTE LULA DEFENDE ESTADO PALESTINO NO PARLAMENTO ISRAELENSE.

 

 

"A solução dos conflitos no Oriente Médio" (março/2010)



 

 

 

Discurso do Presidente Lula em novembro de 2009:

"Não haverá paz no Oriente Médio sem concessões difíceis"

 


Presidente Lula afirma que é preciso diálogo para estabelecer a paz no Oriente Médio (nov/2009)


Entrevista do Chanceler Celso Amorim à CNN em Espanhol

sábado, 20 de março de 2010

Política Externa: Ministro de Relações Exteriores Celso Amorim fala sobre a Política Externa do Brasil nos últimos 7 anos

O Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, explica o sucesso da Política Externa brasileira na primeira década dos anos 2000:




Programa "7 anos em 7 minutos" da TVNBR.

Destaque para a Estratégia brasileira de intensificar os laços de cooperação Sul-Sul, principalmente voltado para a integração regional sul-americana. Destaque também dado à relação com o continente africano, países árabes, o IBAS e os países do BRIC.