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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Jurista explica porque a cassação de mandatos só pode ser feita pelo Congresso

Correio do Brasil, 25/11/2012

Jurista afirma que cassação de mandatos pelo STF é inconstitucional

Por Redação, com ABr - de Brasília

A fase de fixação de penas dos réus condenados durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está levando a uma discussão polêmica nos corredores da Câmara Federal sobre o futuro do mandato dos deputados considerados culpados.

A polêmica surgiu porque em julho, ao protocolar as alegações finais do processo no STF, o procurador-geral da república, Roberto Gurgel, disse que é “relevante a aplicação da pena de perda de cargo, função pública ou mandato eletivo” como um dos efeitos da decisão da Suprema Corte.
Para o jurista e professor da Universidade de São Paulo Dalmo Dallari, uma determinação do Supremo nesse sentido seria inconstitucional. “Se o Supremo fizesse isso, criaria um embaraço jurídico extremo”, avaliou. Dallari explicou à Agência Brasil que, nesse caso, o Supremo pode apenas comunicar ao Parlamento que entende que a condenação é caso de cassação de mandato. “A Constituição assegura que a última palavra é do Parlamento, qualquer decisão contrária a isso caberia recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos”, disse.

O Inciso VI do Artigo 55 da Constituição Federal, que fala da perda de mandato de deputado ou senador, disse que fica sem o mandado o parlamentar “que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado”. Porém, o Parágrafo 2º do mesmo artigo diz que “a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa”.

Três deputados federais, João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto ( PR-SP), foram condenados pelo STF, mas ainda aguardam a definição das penas. Na Câmara, a polêmica também envolve o ex-presidente do PT, José Genoíno (SP). Como suplente, o petista deve assumir em janeiro a vaga do deputado Carlinhos Almeida ( PT-SP), que foi eleito prefeito de São José dos Campos. Genoíno já teve a pena fixada em sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha. Segundo a assessoria da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, até hoje a Casa não teve nenhum caso de perda de mandato por motivo de sentença transitada em julgado.

Depois que o Supremo concluir o julgamento e comunicar a decisão à Câmara, o processo que pode levar à cassação desses deputados deve ser longo. Primeiro, o presidente da Casa, deputado Marco Maia ( PT-RS), pode pedir que o corregedor se pronuncie sobre o assunto. A corregedoria, então, ouve a defesa dos deputados condenados e leva o caso para análise dos sete membros da Mesa Diretora da Câmara, que decidem se oferecem representação para perda de mandato à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Se na CCJ os deputados decidirem pela abertura de processo de cassação, a palavra final é do plenário. “Nada impede também que, depois de terminado o julgamento, qualquer partido político entre com pedido de cassação de mandato junto à Mesa Diretora”, explicou o chefe da assessoria jurídica da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, Fábio Ramos.

Questionado sobre uma possível cassação dos colegas condenados, o presidente da Câmara, Marco Maia, já disse que não existe a possibilidade de o STF interferir nesse assunto. Maia tem dito também que quer esperar a conclusão do julgamento “até para ver se haverá equilíbrio entre as penas”, mas em todas as vezes que falou do assunto adiantou que vai cumprir integralmente a Constituição.

- A lei é muito clara, eles [os ministros do Supremo] mandam para cá e quem vai decidir se cassa ou não é o conjunto de deputados. O PT vai defender esses deputados aqui, não há dúvida em relação à defesa do mandato desses companheiros – garantiu o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP).

A incerteza sobre o futuro dos deputados condenados incomoda o PSOL. “Para nós, é um constrangimento muito grande ver deputados condenados exercendo o mandato”, disse o líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente (SP). Mesmo reconhecendo que não há disposição entre a maioria dos líderes partidários para votar a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em casos de cassação de mandato, Valente diz que a prioridade do partido é acelerar essa discussão no plenário. “Sem o voto aberto, vamos continuar tendo casos desse tipo”, disse.

O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL) disse à Agência Brasil que o partido ainda não conversou sobre a situação do deputado Pedro Henry. Ele destacou o fato de o colega não ter renunciado e ter sido eleito para mais dois mandatos depois das denúncias. “De qualquer forma, esse é um assunto que extrapola os partidos e cabe à Mesa Diretora da Casa, mas nem a pena foi definida pelo Supremo. Vamos esperar, acrescentou.

http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/jurista-afirma-que-cassacao-de-mandatos-pelo-stf-e-inconstitucional/550200/


quarta-feira, 2 de maio de 2012

O texto definitivo do Novo Código Florestal

Texto definitivo do Novo Código Florestal apresenta avanços mas ainda exige muito das pequenas propriedades e da agricultura familiar


A Câmara dos Deputados aprovou a versão definitiva da lei que cria o Novo Código Florestal, após aprovações anteriores com modificações que ocorreram na Câmara e no Senado em 2011.

O Código Florestal até então vigente era baseado na Lei nº 4.771, de 15 de Setembro de 1965 - Código Florestal, mas que já havia sido extensivamente modificado, por mais de 100 emendas e alterações acrescentadas entre 1965 e 2009, tendo sido objeto de cerca de 6 mil regulações e atos normativos por parte dos órgãos responsáveis pela fiscalização do seu cumprimento. 

A nova versão do Código Florestal pode ser obtida no site da Câmara dos Deputados em sua redação final: Novo Código Florestal - http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/416233-CAMARA-DISPONIBILIZA-REDACAO-FINAL-DO-NOVO-CODIGO-FLORESTAL.html

É possível, também, conferir os principais pontos aprovados que modificam a atual legislação nesta seção: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/415840.html?timestamp=1335409515104





Vídeo: Por que o Novo Código Florestal é necessário


http://youtu.be/7si1rWVI2_I


A principal reclamação dos movimentos de trabalhadores ruais como a CONTAG é que o texto aprovado ainda é muito exigente com os pequenos agricultores, dificultando a sustentabilidade da produção nos minifúndios ou propriedades da agricultura familiar, que representa a maior parte da produção de alimentos do país.


A seguir, destacamos uma seleção de notícias que mostram a importância da aprovação de um novo código para a agricultura brasileira:










Para a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura, o novo Código Florestal favorece a agricultura familiar

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Câmara aprova novo Código Florestal com mudança em regras para APPs

Agência Câmara de Notícias
25/05/2011 

Câmara aprova novo Código Florestal com mudança em regras para APPs

Eduardo Piovesan  

Emenda que o Executivo tentou barrar foi aprovada devido à divisão da base aliada; governo tentará mudança no Senado.

O Plenário aprovou, nesta terça-feira, o novo Código Florestal (PL 1876/99), que permite o uso das áreas de preservação permanente (APPs) já ocupadas com atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo rural. Esse desmatamento deve ter ocorrido até 22 de julho de 2008. O texto, que ainda será votado pelo Senado, revoga o código em vigor.

Essa redação prevaleceu com a aprovação da emenda 164, dos deputados Paulo Piau (PMDB-MG), Homero Pereira (PR-MT), Valdir Colatto (PMDB-SC) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), ao texto-base do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi aprovado por 410 votos a 63 e 1 abstenção.

A emenda, aprovada por 273 votos a 182, também dá aos estados, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA), o poder de estabelecer outras atividades que possam justificar a regularização de áreas desmatadas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Câmara dos Deputados aprova texto do Novo Código Florestal


Ao longo de todo o dia, os gabinetes e corredores da Câmara assistiram a mais uma série de reuniões na tentativa de levar o Código Florestal ao Plenário. A votação trouxe à Câmara diversos segmentos da sociedade. Até mesmo artistas. Vitor Fasano e Cristiane Torloni, que lideram um movimento pela preservação da Amazônia, circularam hoje pelo Salão Verde. O texto foi aprovado sob aplausos de produtores rurais que lotaram as galerias.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Para garantir votação do novo Código Florestal, Aldo cede às pressões dos ambientalistas

Agência Câmara

02/05/2011 

Aldo cede sobre APPs para garantir votação do novo Código Florestal


Segundo relator, ainda falta consenso sobre um ponto do substitutivo, que é a definição de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais




Com o objetivo de garantir a votação, nesta quarta-feira (4), do projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99 e outros), o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) abriu mão de alguns pontos polêmicos que constavam da primeira versão de seu parecer, aprovado no ano passado em comissão especial. Entre eles, o tamanho da Área de Preservação Permanente (APP) às margens de rios e a exigência de mata nativa em topos de morros e encostas. Aldo explicou nesta segunda-feira, porém, que ainda falta consenso com o governo sobre a definição da reserva legal em pequenas propriedades.

Em relação às APPs às margens de rios, o primeiro substitutivo pretendia reduzir de 30 para 15 metros essa área no caso de córregos – menos de 5 metros de largura. O novo texto mantém as faixas atuais da mata ciliar, que variam de 30 metros, para rios de até 10 metros de largura; a 500 metros, para rios com largura superior a 600 metros.

sábado, 30 de abril de 2011

Código Florestal, o equilíbrio possível e o papel da agricultura familiar

O Estado de S. Paulo


30 de abril de 2011 

Código Florestal, o equilíbrio possível

Aldo Rebelo

Depois de quase dois anos de debates e negociações, a Câmara dos Deputados deverá votar a atualização do Código Florestal para responder a uma necessidade inadiável: a adequação da legislação atual, que põe na ilegalidade praticamente 100% dos pequenos e médios agricultores do País. A situação levou o governo a adiar por decreto a aplicação de multas por exigência da averbação de reserva legal, ou seja, a parte da propriedade destinada à vegetação nativa. O decreto expira em junho, abrindo um vazio legal que só poderá ser preenchido de três maneiras: a aplicação da lei e a consequente enxurrada de multas e processos contra milhões de agricultores, o que o governo não deseja e a população não toleraria; a edição de outro decreto, adiando a entrada em vigor do que deveria estar em vigor; ou o ajustamento da lei à realidade.

O acordo possível pactua concessões de parte a parte, mediadas pelo princípio de favorecer a consolidação das áreas atualmente em uso pela agropecuária em troca de preservação. As regras de recomposição e compensação de reserva legal (RL) e de área de preservação permanente (APP) serão mais amplas, ao tempo em que continuarão rígidos os compromissos de proteção da floresta, da vegetação nativa e dos recursos hídricos.

Os agricultores, em sua maioria, prefeririam ver-se livres da obrigatoriedade da RL, sob o argumento de que ela não existe em nenhuma legislação do mundo, mas terão de conviver com ela, na proporção de 80% na Amazônia e 20% em outras regiões. As APPs das margens de rios continuarão a ter medidas de 30 até 500 metros, sem paralelo mesmo nos países tidos como "civilizados", que ou não adotam metragem alguma (a maioria), ou prescrevem medidas modestas, como as de 5 até 20 metros da Austrália. O Brasil continuará definindo como APPs as terras de altitude superior a 1.800 metros, o que tornaria inviável a civilização no altiplano boliviano e peruano e em boa parte da Ásia e da Europa, mas aqui será norma.

As correntes ambientalistas mais intransigentes terão de aceitar o cômputo da RL juntamente com as APPs e a mudança da lei para atender aos pequenos agricultores com até quatro módulos fiscais e aos agricultores familiares. Confiscar dos pequenos proprietários áreas de reserva legal e de preservação permanente na mesma proporção dos grandes é praticar uma política de extermínio, ambientalmente iníqua e socialmente trágica. No Nordeste, mais da metade das propriedades tem até 5 hectares, nas quais RL e APPs, somadas, não chegam a 1% e cada metro quadrado é decisivo para a sobrevivência. Uma APP de 100 metros seria suficiente para extinguir o espaço agricultável e mesmo uma de 15 metros poderia levar 30% da propriedade. A Câmara deverá adotar o conceito de legislação da época para que a propriedade aberta ao tempo de Tomé de Souza não seja multada pela ausência de uma reserva legal que aquela época desconhecia.

Teremos o arcabouço legal mais protecionista da natureza de todo o mundo e assumiremos que um produtor brasileiro da Amazônia terá destinado 80% de sua propriedade para RL, sem que, em contrapartida, seu concorrente europeu ou norte-americano guarde 1% sequer para a mesma finalidade. E ainda ceda 500 metros de cada margem de um grande rio que cruze sua propriedade, enquanto seu congênere da Europa e da América do Norte continuará plantando tranquilamente nas margens do Rio Reno, do Danúbio ou do Mississippi.

O Brasil teve reduzido em mais de 23 milhões de hectares o espaço ocupado pela agropecuária nos últimos dez anos, segundo o censo do IBGE divulgado no ano passado, o que deve ter ocorrido, entre outras razões, por causa da demarcação de novos parques, terras indígenas e florestas nacionais. Transformamos em parques terras aptas para a agricultura, enquanto os demais países só o fazem com desertos, geleiras ou montanhas rochosas.

A verdade é que o acordo em curso torna possível a legalização da agricultura no Brasil e a manutenção da base da legislação existente, mas não pode nem deve ocultar o impasse que é adiado. Não está em disputa um metro a mais ou a menos de proteção necessária ao solo e à água, e muito menos o porcentual de RL na propriedade. Esse debate simplesmente inexiste nos Parlamentos e na mídia dos países que para cá despacham suas ONGs. Área de preservação permanente e reserva legal são expressões inexistentes na Holanda do Greenpeace e nem a multinacional do ambientalismo tem reivindicação alguma de metragem para proteção de rios e florestas no país onde tem sua sede.

O contencioso, na realidade, é se o Brasil pode dispor de seu território, seu solo, subsolo, seus recursos hídricos e sua inteligência para elevar o padrão de vida material e espiritual de sua população, ou se imobilizará suas riquezas em benefício das nações desenvolvidas. A resolução do impasse fica para as próximas gerações. A elas caberá decidir se continuaremos a constituir um projeto civilizatório ambientalmente responsável, mas consciente de nossa legítima aspiração ao desenvolvimento, ou se abdicaremos desse objetivo, prisioneiros dos interesses que usam o meio ambiente para nos bloquear o acesso a uma vida melhor.

Somos uma nação em processo de formação e amadurecimento, portadora de características únicas de generosidade, mas também de traços de crença ingênua na boa vontade do mundo. É bom que conservemos a generosidade herdada de nossa formação social, mas a elite política, intelectual e empresarial tem o dever de ajudar a educar a Nação sobre os riscos e desafios com que se depara a construção de um País pacífico, democrático, socialmente equilibrado e senhor de seu destino.

Aldo Rebelo é Deputado Federal pelo PC do B (SP),
É Relator do Novo Código Florestal na Câmara dos Deputados
E-MAIL: DEP.ALDOREBELO@CAMARA.GOV.BR 





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  • Acesse aqui a tramitação do projeto de Lei para o novo código florestal, que se arrasta a 12 anos na Câmara dos Deputados






quinta-feira, 21 de abril de 2011

Debate: Novo Código Florestal

Câmara Hoje

20/04/2011


Relator do projeto e líder do PV debatem acordo para Código Florestal




O relator do projeto que altera o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), esteve reunido nesta quarta-feira, 20 de abril, com o líder do PV, deputado Sarney Filho (PV-MA). Eles discutiram um acordo para votar as mudanças na legislação ambiental. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia, está otimista sobre o assunto e já marcou a data em que vai colocar a proposta que modifica o Código Florestal em votação no Plenário: dia 3 ou 4 de maio.

Créditos/ Câmara Hoje
Paula Bittar - Repórter
Dep. Aldo Rebelo (PCdoB-SP) - Relator do novo Código Florestal
Dep. Marco Maia (PT-RS) - Presidente da Câmara dos Deputados

http://www2.camara.gov.br/tv/materias/CAMARA-HOJE/195935-RELATOR-E-LIDER-DO-PV-DEBATEM-ACORDO-PARA-CODIGO-FLORESTAL.html


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Câmara Hoje

20/04/2011

Dep. Ivan Valente (PSOL-SP) e Dep. Paulo Piau (PMDB-MG): Código Florestal




O coordenador do grupo de deputados que discute alterações no Código Florestal, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), prevê que a matéria será votada pela Câmara em abril. O grupo de trabalho definiu os sete pontos que vão orientar a discussão: delimitação das áreas de preservação permanente; definição das reservas legais; regularização ambiental de ocupações; proibição de corte raso durante um período, a chamada moratória do desmatamento; regras específicas de agricultura familiar; competência dos órgãos públicos ambientais e instrumentos econômicos para a conservação da vegetação. Para debater o tema, o Brasil em Debate convidou os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Piau (PMDB-MG).


http://www2.camara.gov.br/tv/materias/BRASIL-EM-DEBATE/195810-DEP.-IVAN-VALENTE-%28PSOL-SP%29-E-DEP.-PAULO-PIAU-%28PMDB-MG%29:-CODIGO-FLORESTAL.html

Vídeo: discussão apresenta pelo relator do projeto do novo código florestal




Para falar sobre as chances de acordo em torno do novo Código Florestal, um entendimento que parece se aproximar, participa desta edição do Câmara Hoje o relator da matéria, o deputado Aldo Rebelo.



Créditos / Câmara Hoje:
Ariadne Oliveira – apresentadora
Dep. Aldo Rebelo (PCdoB-SP) - Relator do Código Florestal

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Código Florestal: Produtores familiares serão os mais beneficiados

Valor

06/04/2011

Código Florestal: Produtores familiares serão os mais beneficiados

Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa mostra que, a despeito do forte lobby dos grandes produtores rurais, os principais beneficiados pela proposta de regularização ambiental do novo Código Florestal serão os produtores familiares.

Com base em dados do Censo Agropecuário do IBGE, divulgado em 2010, o levantamento aponta que produtores rurais donos de até 20 hectares detêm os menores remanescentes de áreas de reserva legal (RL) e de proteção permanente (APP) no país. O mapa da Embrapa faz a soma das duas áreas, como previsto no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).


Na região Sul, onde prevalecem os tradicionais minifúndios, 65,3% dos produtores cuja terra soma até 20 hectares têm, em média, apenas 5,85% de RLs e APPs. São 657 mil produtores que detêm 13% da área rural do Sul. Pelas regas do novo código, esses proprietários precisam recuperar 28,3% das áreas de matas para atender ao percentual mínimo da lei. Daí, a tentativa do relator em dispensar "tratamento diferenciado" à produção familiar. Isso seria traduzido em benefícios como a dispensa da obrigação de recompor essas áreas e a "anistia" a multas aplicadas por descumprimento da legislação ambiental. "Ou se trata de maneira diferente esses pequenos ou vamos chutá-los para as periferias das grandes cidades", diz Aldo Rebelo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Aldo Rebelo diz que críticos estão “desinformados” sobre novo Código Florestal

Sul 21

14/02/11
 
Aldo Rebelo diz que críticos estão “desinformados” sobre novo Código Florestal

Igor Natusch

Depois de longas discussões, envolvendo ambientalistas e setores ligados à produção agrícola, o governo federal acena com a possibilidade de flexibilizar a proposta do novo Código Florestal brasileiro. Pontos polêmicos, como a anistia para agricultores acusados até 2008 de desmatamento, podem ser eliminados do novo texto, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e discutido com outras pastas do governo de Dilma Rousseff. A atual proposta de novo Código deve ser votada em março, e é vista como um verdadeiro desastre ambiental por ONGs e pelo Ministério Público Federal. Enquanto isso, lideranças do agronegócio querem a aprovação completa da atual proposta, alegando que as regras atuais criminalizam o produtor rural.
No meio do fogo cruzado, o redator do projeto de reforma do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garante que o texto leva em conta todos os interesses envolvidos na polêmica. Em visita ao Rio Grande do Sul, o deputado federal participou de encontro com parlamentares da bancada federal gaúcha, no qual buscou esclarecer pontos do projeto. Em Tupanciretã, um dos principais polos de cultivo de soja transgênica no RS, recebeu do Clube Amigos da Terra o título de “Ambientalista de Ouro”, pela sua defesa da Lei de Biossegurança. No intervalo, conversou por telefone com o Sul21. Na entrevista, Aldo Rebelo rebate as críticas feitas ao novo Código, que atribui à “desinformação” de ONGs e ambientalistas. “Quero proteger tanto os agricultores quanto o meio ambiente”, garante o deputado. Mesmo assim, admite que o texto final pode sofrer mudanças. “Minha responsabilidade é fazer o relatório, se ele vai ser aprovado ou não é outra situação”, afirma.

Sul21 — O novo Código Florestal, relatado pelo senhor, deve ser votado em março. Mas o projeto tem recebido muitas críticas, tanto de entidades ligadas ao meio ambiente quanto do próprio Ministério Público Federal. O texto pode sofrer modificações? Isso está sendo discutido?
Aldo Rebelo
— Modificações ele pode sofrer, é claro. Enquanto não for votado, o texto pode ser alterado. O que há é um compromisso dos partidos e do presidente da Câmara para que o projeto seja votado em março. Nosso esforço vai ser de assegurar que esse acordo seja cumprido, que a votação seja realizada. Os deputados podem apresentar suas emendas, vamos debater as mudanças que forem sugeridas, mas o importante é que todos acham que devemos votar (o Código Florestal). A situação é insustentável, não se pode continuar com 100% dos agricultores brasileiros praticamente em situação de ilegalidade, dependendo de um decreto do presidente que expira em junho de 2011.

Sul21 — Mas vários setores, inclusive colegas seus na Câmara Federal, têm criticado a sua proposta. Segundo eles, o seu texto incentiva o desmatamento e favorece os grandes produtores rurais, em detrimento da preservação ambiental.
AR
— A adaptação que eu proponho ao Código tem como objetivo proteger tanto os agricultores quanto o meio ambiente. Não tem sentido mexer (no Código) e deixar todos os agricultores na ilegalidade. O que eu procuro é uma solução concreta para um problema concreto. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, 100% dos agricultores estão em situação ilegal. Isso precisa ficar muito claro. O que se pode fazer? (Se o novo Código não é bom) então o Ministério Público e as ONGs tragam alguma solução. O que eles apresentam, o que eles trazem como solução, implica em manter todos os produtores rurais na ilegalidade. Multa, prisão, processo… Eu não vejo como isso possa ser uma solução razoável. Se eles apresentarem uma alternativa que, ao mesmo tempo, proteja o meio ambiente e atenda as necessidades da agricultura, eu não tenho nada contra. Não sou nem da bancada do meio ambiente, nem da bancada do agronegócio. Entrei (na elaboração do novo Código) atendendo uma solicitação, para ajudar a que se encontrasse soluções para um problema.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Para a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura, o novo Código Florestal favorece a agricultura familiar

Agência Brasil
10/06/2010
Meio Ambiente
Para Contag, novo Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar
Daniella Jinkings


Repórter da Agência Brasil

O relatório sobre mudanças no Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. Segundo ele, a Contag é favorável à alteração do Código Florestal Brasileiro para a agricultura familiar e para a reforma agrária.

Segundo ele, o relatório do deputado isenta os pequenos agricultores da averbação da reserva legal (fração destinada à preservação ambiental). “Imagine 4,5 milhões de pequenas propriedades no Brasil, que no total representam menos de 20% da área agricultável no país. Se fosse manter a averbação, nunca iríamos legalizar essa agricultura [familiar]”.

Boch afirmou que a Contag negociou com o governo para enquadrar o novo código na lei da agricultura familiar. “Podemos detectar que grande parte da nossa proposta de diferenciação da agricultura familiar brasileira está contemplada no relatório”.

A apresentação do parecer do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre mudanças no Código Florestal foi feita ontem (9) na Comissão Especial da Câmara que trata do tema. Entre as mudanças propostas pelo relator estão a atribuição de mais autonomia aos estados para legislar sobre meio ambiente e a retirada da obrigatoriedade de reserva legal em pequenas propriedades.

Edição: Graça Adjuto


Agricultura familiar de guaraná: produção sustentável utilizando plantas nativas da Amazônia de alto valor comercial (a tonelada do guaraná vale em média 10 a 20 vezes mais que a da soja).

A agricultura familiar produz a maior parte dos alimentos consumidos pela população do Brasil

A agricultura familiar no Brasil responde por 59% da produção de carne suína, 58% da produção de leites e laticínios, 50% da produção de aves e 30% da produção de carne bovina do país (IBGE, 2006).
Mesmo cultivando uma área total de apenas 17,7 milhões de hectares, a agricultura familiar brasileira produz 87% da mancioda, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e 16% da soja plantados no Brasil.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Divergências marcam audiência no TSE sobre proposta que altera representação por estado na Câmara dos Deputados

Agência Brasil

24/02/2010

Divergências marcam audiência no TSE sobre proposta que altera representação por estado na Câmara

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A audiência pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a proposta de mudanças no número de deputados federais por estado nas eleições de 2010 foi marcada por opiniões divergentes entre os parlamentares.

De acordo com a minuta, a distribuição das 513 vagas da Câmara dos Deputados seria alterada com base em estimativa da população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em julho de 2009. A Constituição Federal e a Lei Complementar 78 de 1993 estabelecem que o quantitativo de deputados federais é estabelecido conforme o tamanho da população dos estados e do Distrito Federal.

Na proposta elaborada pelo ministro do Tribunal, Arnaldo Versiani, oito estados perderiam uma ou duas cadeiras, sete ganhariam de uma a três vagas e em 11 estados e no Distrito Federal a quantidade permaneceria a mesma.

Para os deputados do Amazonas, favoráveis à mudança, a legislação prevê que a distribuição das vagas deve ser feita de quatro em quatro anos, o que não estaria ocorrendo desde o último censo populacional, de 2000. Com isso, os estados onde a população cresceu no decorrer dos anos teriam direito a mais deputados na Câmara Federal.

“O TSE tem uma dívida com a população que está sendo menos representada”, disse a deputada federal Rebeca Garcia (PP-AM), uma das participantes da audiência. Conforme a proposta, o número de deputados amazonenses passaria de oito para nove.

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), contrário à proposta, argumenta que a própria legislação determina que uma alteração desse tipo só pode ocorrer um ano antes da eleição, além de frisar que os partidos estão prestes a definir seus candidatos nas convenções nacionais. “Essa resolução pode causar instabilidade política e eleitoral”, afirmou, acrescentando que seria razoável fazer a mudança depois do censo populacional deste ano, do IBGE.

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, também compartilha do argumento de que a mudança provoca questionamentos jurídicos. O ministro Versiani, relator da minuta, afirmou que levará a proposta para aprovação ou rejeição do plenário do TSE na próxima terça-feira (2). Ele não antecipou seu voto. “Não formei meu ponto de vista”, disse. A Corte tem até o dia 5 de março para aprovar todas as regras para o pleito de outubro.

De acordo com a proposta, o Pará teria o maior número vagas, passaria de 17 para 20. Minas Gerais ganharia duas vagas e o Amazonas, a Bahia, o Ceará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, uma vaga. Paraíba e o Rio de Janeiro teriam menos dois deputados. Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná e o Rio Grande do Sul teriam menos um parlamentar.
 
Agência Brasil