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domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
As restrições à transferência de tecnologia dos EUA ao Programa Espacial Brasileiro
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Restrições do ITAR ao Programa Espacial Brasileiro
Andre Mileski
O blog tem abordado com frequência as consequências da legislação ITAR (International Traffic in Arms Regulations), dos EUA, ao Programa Espacial Brasileiro. O assunto, aliás, é costumeiramente objeto de conversas em encontros do blog com autoridades do Programa brasileiro e indústrias nacionais e estrangeiras.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Vídeo documentário: "A Guerra contra a Democracia"
Vídeo documentário: "A Guerra contra a Democracia", produzido e dirigido por John Pilger e Christopher Martin (legendas em portugues)
Parte 1/9:
Parte 1/9:
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Estudo indica tendência de resfriamento na Antártida nas duas últimas décadas
Como tudo funciona
Considerando apenas os registros de temperatura do ar, 2007 se caracteriza como o 2º ano mais frio desde o estabelecimento da Eafc, em 1984. A média geral do ano, de janeiro a novembro, foi -3.5ºC. Conforme apresentado na Figura 1, em 2007 a temperatura do ar esteve bem abaixo da média mensal dos meses de março a julho e também em outubro e novembro.
Os dados anteriores aos da Eafc foram obtidos da antiga “Base G” inglesa que operou no mesmo local entre 1948 e 1961, de reanálises numéricas da NOAA (agência federal norte-americana que estuda as condições atmosféricas e dos oceanos) para o período 1961 a 1968, da estação russa Bellingshausen na Baía Fildes, com valores ajustados pela adição de +0.3ºC no período 1969 a 1977, e com dados da base polonesa Arctowski na entrada da Baía do Almirantado, de 1978 a 1985. Esta série de temperaturas do ar está apresentada no gráfico da Figura 2.
Aquecimento x resfriamento
As mudanças diárias na temperatura do ar se propagam no solo a partir de sua superfície, porém de forma mais lenta e amortecida. Em 2007, como resultado das temperaturas do ar mais baixas que o normal logo no início de março, o solo a 1 metro de profundidade (100 cm) teve um congelamento precoce em relação aos anos anteriores, e desde então assim permaneceu. Com as temperaturas do ar abaixo da média, e com extremos chegando a -25ºC por períodos prolongados, ocorreu o congelamento dos lagos, assim como da água no solo.
O lago sul, o menor dos dois, congelou logo em junho, depois de um trimestre (março a maio) com temperaturas do ar que se mantiveram na média de -3,5ºC, 1,8ºC abaixo da média. Há 36 anos não fazia tanto frio neste trimestre.
O lago norte, por ter maior volume de água, resistiu um pouco mais, até o final de setembro, mas as temperaturas de -8.5ºC em média do trimestre junho a agosto, com 2,6º abaixo da climatologia, fizeram com que seu congelamento se completasse.
O consumo de água durante este inverno também foi maior que a média, devido à maior população na estação, de cerca de 30 pessoas, o que facilitou o efeito do congelamento.
As baixas temperaturas do solo também contribuíram fortemente para esta situação, que atingiram o ponto de congelamento muito antes do esperado. A 120 centímetros de profundidade, o solo deveria iniciar seu congelamento por volta do dia 1º de maio, porém já estava abaixo de zero 40 dias antes, em 20 de março, e desde então não havia descongelado os primeiros dias de janeiro de 2008.
Veja, na figura abaixo, a atual situação dos dois lagos, em comparação com um ano atrás.
As temperaturas a 5 centímetros de profundidade tendem a acompanhar mais rapidamente as temperaturas do ar quando a cobertura de neve é de poucos contímetros, tanto que a menor temperatura a esta profundidade foi registrada no mesmo dia em que se registrou o recorde deste ano - em 25 de julho tivemos -24,7ºC no termômetro do abrigo meteorológico e -10,2ºC a 5 centímetros de profundidade. Os efeitos dos extremos de temperaturas, como esses descritos acima, podem levar até 3 dias para ser observados a 100 cm.
As chuvas, que poderiam ajudar no descongelamento dos lagos, este ano também ficaram abaixo da média. Entre janeiro e novembro são esperados em média 88 dias de chuva, mas houve somente 65 dias. No auge do inverno, durante os meses de julho e agosto, costumam ocorrer 10 dias de chuva, mas neste ano tivemos a metade disso.
Mais links interessantes
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Estudo indica tendência de resfriamento na Antártida
por Alberto Setzer e Marcelo Romão
Introdução
Durante todo o 2º semestre de 2007 e até os primeiros dias de janeiro de 2008, a Estação Antártica Comandante Ferraz (Eafc) enfrentou condições críticas de abastecimento de água doce, com um racionamento extremo e inédito devido ao congelamento dos dois lagos que abastecem a Estação.
Considerando apenas os registros de temperatura do ar, 2007 se caracteriza como o 2º ano mais frio desde o estabelecimento da Eafc, em 1984. A média geral do ano, de janeiro a novembro, foi -3.5ºC. Conforme apresentado na Figura 1, em 2007 a temperatura do ar esteve bem abaixo da média mensal dos meses de março a julho e também em outubro e novembro.
Figura 1:
temperatura 2007 x temperatura média
temperatura 2007 x temperatura média
Em 1986, ano mais frio registrado, a temperatura foi de -3.8ºC. Antes do início das medições, porém, outros anos foram mais frios que 2007:
- -4.0ºC em 1980
- -3.8ºC em 1969
- -4.9ºC em 1959
- -4.4ºC em 1958
- -3.7ºC em 1954
- -4.0ºC em 1950
- -4.4ºC em 1949
Os dados anteriores aos da Eafc foram obtidos da antiga “Base G” inglesa que operou no mesmo local entre 1948 e 1961, de reanálises numéricas da NOAA (agência federal norte-americana que estuda as condições atmosféricas e dos oceanos) para o período 1961 a 1968, da estação russa Bellingshausen na Baía Fildes, com valores ajustados pela adição de +0.3ºC no período 1969 a 1977, e com dados da base polonesa Arctowski na entrada da Baía do Almirantado, de 1978 a 1985. Esta série de temperaturas do ar está apresentada no gráfico da Figura 2.
Figura 2:
Temperatura média em Ferraz - de 1945 a 2007
Temperatura média em Ferraz - de 1945 a 2007
Aquecimento x resfriamento
Considerando as médias das temperaturas anuais da série desde 1948, constata-se a tendência de aquecimento de 0,33°C (graus Celsius) por década. Entretanto, se a série for restrita apenas ao período a partir de 1986, a tendência desaparece, e curiosamente, para os últimos 11 anos, ou seja, a partir de 1997, verifica-se tendência de resfriamento de 0,47ºC por década.
E, ainda conforme a Figura 2, nota-se que variações bruscas nas médias de anos próximos são comuns na série de dados. Ou seja, o estabelecimento de padrões de aquecimento ou resfriamento na região deve ser analisado com bastante cuidado, principalmente em função do período considerado.
E, ainda conforme a Figura 2, nota-se que variações bruscas nas médias de anos próximos são comuns na série de dados. Ou seja, o estabelecimento de padrões de aquecimento ou resfriamento na região deve ser analisado com bastante cuidado, principalmente em função do período considerado.
Racionamento de água
O lago sul, o menor dos dois, congelou logo em junho, depois de um trimestre (março a maio) com temperaturas do ar que se mantiveram na média de -3,5ºC, 1,8ºC abaixo da média. Há 36 anos não fazia tanto frio neste trimestre.
O lago norte, por ter maior volume de água, resistiu um pouco mais, até o final de setembro, mas as temperaturas de -8.5ºC em média do trimestre junho a agosto, com 2,6º abaixo da climatologia, fizeram com que seu congelamento se completasse.
O consumo de água durante este inverno também foi maior que a média, devido à maior população na estação, de cerca de 30 pessoas, o que facilitou o efeito do congelamento.
As baixas temperaturas do solo também contribuíram fortemente para esta situação, que atingiram o ponto de congelamento muito antes do esperado. A 120 centímetros de profundidade, o solo deveria iniciar seu congelamento por volta do dia 1º de maio, porém já estava abaixo de zero 40 dias antes, em 20 de março, e desde então não havia descongelado os primeiros dias de janeiro de 2008.
Veja, na figura abaixo, a atual situação dos dois lagos, em comparação com um ano atrás.
Foto:
Congelamento dos lagos
Congelamento dos lagos
As figuras 3 e 4 mostram a linha de temperatura do termômetro de 100 cm de profundidade, que foi instalado no dia 28 de fevereiro deste ano junto à Torre dos Ingleses, com os outros geotermômetros do Projeto Meteorologia. Este termômetro indicou o início do congelamento em 07 de março, e o menor registro de temperatura no dia 27 de julho, quando se atingiu o valor de 7,2ºC negativos.
Figura 3 e 4:
Temperatura do ar e do solo em Ferraz - 2007
Temperatura do ar e do solo em Ferraz - 2007
As temperaturas a 5 centímetros de profundidade tendem a acompanhar mais rapidamente as temperaturas do ar quando a cobertura de neve é de poucos contímetros, tanto que a menor temperatura a esta profundidade foi registrada no mesmo dia em que se registrou o recorde deste ano - em 25 de julho tivemos -24,7ºC no termômetro do abrigo meteorológico e -10,2ºC a 5 centímetros de profundidade. Os efeitos dos extremos de temperaturas, como esses descritos acima, podem levar até 3 dias para ser observados a 100 cm.
As chuvas, que poderiam ajudar no descongelamento dos lagos, este ano também ficaram abaixo da média. Entre janeiro e novembro são esperados em média 88 dias de chuva, mas houve somente 65 dias. No auge do inverno, durante os meses de julho e agosto, costumam ocorrer 10 dias de chuva, mas neste ano tivemos a metade disso.
Solução para o descongelamento dos lagos
A solução para o descongelamento dos lagos depende de várias condições que propiciam a ocorrência e a manutenção da água na forma líquida. São elas:- Chuva: a infiltração da água da chuva (que sempre ocorre com temperaturas positivas) no lago ocasiona o rápido degelo, à medida que penetra nas rachaduras e fendas do gelo. Por isso é aconselhável fazer buracos com algumas dezenas de centímetros de diâmetro na parte congelada do lago para facilitar seu degelo;
- Radiação solar: o aumento da radiação solar, à medida que o verão avança, e em dias sem nuvens, auxilia o degelo, pois há mais absorção de energia pela neve/gelo e pelo solo, favorecendo seu aquecimento;
- Temperatura do ar: temperaturas positivas obviamente causam o degelo, cabendo lembrar que o primeiro mês após o inverno com temperatura média positiva na Eacf costuma ser dezembro, com média +1.3°C. Alguns eventos extremos contribuem fortemente para o degelo, como no caso de picos de temperatura causados pelas massas de ar vindas de Norte, que têm a duração de alguns dias, e que podem atingir +10ºC;
- Derretimento da neve nos morros: o derretimento da neve que esteja em cotas mais elevadas que as dos lagos contribui para a sua recuperação, da mesma forma que a chuva. Porém, para que isso ocorra também são necessárias temperaturas do ar e do solo positivas, o que ainda não ocorreu de forma regular após o inverno em 2007.
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Leia este artigo onde foi publicado originalmente:
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Fenômenos naturais, ignorância geográfica e catastrofismo midiático
Ceticismo
18/01/2010
Terremotos, charlatanismo e mídia: uma relação desastrosa
Diogo Farrapo Albuquerque
A ciência, por definição, tem como função não só explicar os fenômenos naturais mas também prevê-los. Muitos foram previstos e posteriormente verificados experimentalmente ou na natureza.
Na ciência, as previsões não vem de pais-de-santo, Mãe Diná ou através de bolas de cristal. Os fenômenos são estudados e partir daí é possível indicar quando ocorrerão dentro de situações controladas ou na própria natureza.
Tectonismo - zona de subducção e atrito entre placas tectônicas |
Os terremotos ou sismos são causados pela liberação de grande quantidade de energia no interior da crosta e ocorrem geralmente devido ao movimento de placas tectônicas, atividade vulcânica, falhas no interior da placa etc.
Os fenômenos relacionados à atividade sísmica ainda não podem ser previstos através de um modelo científico confiável. Existem estudos que estão testando algumas hipóteses de previsão mas ainda são puramente especulativos.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Separatistas da região petrolífera de Cabinda atacam a seleção do Togo em Angola: 1 morto e 9 feridos
Separatistas da região petrolífera de Cabinda atacam a seleção do Togo em Angola: 1 morto e 9 feridos
Estadão Online
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Ataque à seleção do Togo em Angola deixa 1 morto e 9 feridos
Equipe viajava do Congo para o país vizinho para disputar a Copa Africana das Nações, que começa no domingoAssociated Press, Reuters
http://www.estadao.com.br/
-
Enclave de Cabinda fica entre Congo e Angola
Arte/estadao.com.br
LUANDA – O ônibus da seleção do Togo foi atacado por homens armados em Angola nesta sexta-feira, 8, a dois dias da Copa Africana de Nações. O motorista do ônibus morreu. Nove membros da delegação estão feridos. Dois deles são jogadores: o goleiro Kodjovi Obilale, que está em estado grave, e o zagueiro Serge Akakpo. Os outros feridos são membros da direção desportiva, administrativa e médica, de acordo com o ministério dos Esportes de Togo. O ataque aconteceu no enclave de Cabinda, região rica em petróleo, com inspirações separatistas.
O ministro Angolano Antonio Bento Bembe, responsável pelo enclave de Cabinda, afirmou que o ataque é um ato terrorista. “É um ato de terrorismo que estamos lidando enquanto falamos”, disse. Bembe, contudo, não acredita que o grupo separatista Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda, que assumiu a responsabilidade do ataque, tenha sido o verdadeiro autor do atentado: ” A FLEC não existe faz tempo. O ataque provém de certos indivíduos que querem nos causar problemas”.
De acordo com Alaixys Romao, um dos jogadores da equipe, sete pessoas foram baleadas. “Atiraram nos jogadores como se eles fossem cachorros e tivemos que ficar 20 minutos debaixo dos assentos para escapar das balas”, declarou à Rádio Monte Carlo o atacante Thomas Dossevi, do Nantes. Ainda segundo Dossevi, o ataque foi executado por homens encapuzados fortemente armados.
A equipe ia do Congo, onde estava treinando, para Angola, onde estreia na segunda-feira no torneio contra Gana. Após participar do Mundial da Alemanha, em 2006, a equipe não conseguiu garantir vaga na África do Sul. O principal nome da equipe é o atacante Adebayor, do Arsenal, da Inglaterra.
O atacante Dossevi também declarou à edição digital do diário francês L’Equipe que os jogadores estão assustados e já não desejam mais participar da Copa. “Nós somos capazes de fazê-lo. Minha primeira preocupação é com a saúde dos feridos, porque havia uma grande quantidade de sangue no chão. No momento, não temos muitas notícias, só sabemos que eles já foram levados ao hospital”, disse Dossevi. “Atiraram em nós, mesmo estando escoltados por dois ônibus e pela polícia”, acrescentou.
Um porta-voz do Comitê Organizador da Copa Africana de Nações já afirmou que a competição acontecerá, apesar do atentado contra a seleção de Togo. Uma delegação de oficiais angolanos e uma delegação da Confederação Africana de Futebol irá a Cabinda neste sábado, 9, enquanto o primeiro ministro angolano se encontrará com o presidente da CAF, Issa Hayatou, “para tomar decisões a fim de garantir um seguimento tranquilo da competição”. A CAF expressou seu “total apoio e simpatia para com toda a delegação de Togo”. A FIFA também manifestou sua “máxima simpatia” em um pronunciamento.
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Seleção em partida das eliminatórias da Copa de 2010 em setembro. Foto: Noel Kokou Tadegnon/Reuters
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acessado no Site http://diariodopresal.wordpress.com/
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Cientistas identificam tendência de resfriamento na Antártica
O Estado de S. Paulo
07 de janeiro de 2010
Cientistas detectam resfriamento na Península Antártica
Temperaturas mais baixas complicam debate sobre aquecimento global, diz pesquisador brasileiro
Carlos Orsi, do estado.com.br
Levantamento de cientistas brasileiros aponta tendência de resfriamento de 0,6º C por década na região
SÃO PAULO - O norte da Península Antártica vem se resfriando em tempos recentes. Dados meteorológicos da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), a base brasileira no continente gelado, indicam uma tendência de resfriamento de 0,6º C por década, nas temperaturas registradas nos últimos 14 anos. A Península Antártica, como um todo, é uma das regiões do planeta que mais se aqueceu no século 20, acumulando uma elevação de temperatura de 3º C.
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