Vitória de Maduro nas Eleições venezuelanas é reconhecida em toda a América Latina mas oposição tenta questionar o resultado das urnas
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (Consejo Nacional Electoral, CNE) anunciou a vitória de Nicolás Maduro nas eleições para Presidente da Venezuela. Embora tenha tido uma pequena margem de vantagem, com 50,66% dos votos válidos, Maduro foi eleito presidente em um processo eleitoral considerado limpo e sem incidentes, por parte dos observadores internacionais (OEA, UNASUL e Mercosul) e da supervisão do Conselho Nacional Eleitoral. Além de obter maioria dos votos, com 50,66% do total, Maduro venceu na maioria das 24 regiões eleitorais venezuelanas.
A UNASUL reconheceu a vitória de Maduro e defendeu que o resultado das eleições seja respeitado pela oposição, que pediu recontagem dos votos. O pedido de recontagem dos votos é uma clara tentativa da oposição derrotada de de tentar deslegitimar o resultado das eleições e preparar o terreno para novas tentativas de desestabilizar o governo eleito. Considerando a tradição golpista da oposição venezuelana, esta iniciativa pode ser vista como uma clara ameaça à estabilidade da democracia na Venezuela.
Vitória de Maduro nas Venezuela favorece a consolidação do Mercosul e o aprofundamento da Integração Sul-Americana
Tudo indica que a Política Externa venezuelana deve se manter, com pequenas modificações resultantes do estilo pessoal de Maduro e da sua longa experiência como Ministro das Relações Exteriores do país. Isto significa que a postura da Venezuela a favor da integração sul-americana e sua participação no Mercosul devem se consolidar no novo governo. Considerando que a continuidade da aliança do Brasil com a Venezuela é fundamental para a consolidação da integração regional sul-americana, e que esta passa pela integração da Venezuela ao Mercosul, a estabilidade deste processo é vital para os países da América do Sul.
Considerando os interesses internacionais em jogo, fica claro que os setores mais conservadores da Venezuela estão tentando desestabilizar o país com apoio externo, principalmente dos lobbies e grupos de interesses mais onservadores nos Estados Unidos, declaradamente contrários à integração Sul-Americana. A ameaça do golpismo contrário à integração regional, apoiado por potências extra-regionais é óbvio e todos os países sul-americanos devem se preocupar com este tipo de perigo. Tudo indica que os países sul-americanos terão que se unir cada vez mais para enfrentar este tipo de pressão externa, que deve ser crescente nos próximos anos dada a intensificação da competição internacional e da rivalidades inter-regionais, inclusive entre os grandes blocos econômicas regionais e entre as grandes potências.
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