Agência Câmara de Notícias
22/09/2011
Debatedores defendem mais investimento em portos e hidrovias
Tiago Miranda
Representantes de diferentes órgãos do governo e da iniciativa privada defenderam nesta quinta-feira a necessidade de valorização do transporte aquaviário (barcos, navios e balsas) para o desenvolvimento do País. O tema foi discutido no seminário Desafios da Infraestrutura Portuária, promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Reinaldo Ferrigno
Leônidas Cristino: meios aquaviários representam hoje apenas 3% dos transportes |
Cristino lembrou que, ao transferir as cargas – atualmente levadas por caminhões – para navios cargueiros, será finalmente possível recuperar o sistema rodoviário nacional. “As rodovias foram dimensionadas para cargas de 20 tolenadas, mas agora já carregam 45 toneladas. Não há asfalto que resista”, disse. O ministro afirmou que o governo pretende aumentar, até 2022, de 834 milhões para 1,7 bilhão o total de toneladas de produtos administrados nos portos brasileiros.
Eclusas
O ministro dos Transportes, Paulo Passos, declarou que o Executivo tem investido e demonstrado interesse no transporte hidroviário. Ele citou a finalização das eclusas do rio Tucuruí (PA), depois de 30 anos do início das obras, e da aplicação de recursos para transformar o rio Tietê (SP) na principal hidrovia do interior paulista. “A atenção do governo está voltada para que consigamos fazer com que o potencial da extensão navegável dos nossos rios seja expandido.”
Reinaldo Ferrigno
Edinho Bez cobrou mais verbas para a construção de eclusas.
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Segundo o coordenador de Portos e Vias Navegáveis da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura, deputado Edinho Bez (PMDB-SC), no entanto, é preciso investir mais na construção de eclusas. “A falta de obras desse tipo dificulta o desenvolvimento do transporte aquaviário”, comentou.
Já o diretor de Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), José Torres de Melo, criticou o foco do governo no uso dos rios apenas para geração de energia e não para navegação. “Não podemos pensar só no nosso negócio quando se fala em interesse público e nacional. O planejamento integrado dos rios é uma obrigação de Estado”, argumentou.
Mudanças na gestão
Por sua vez, o diretor-geral da Antaq, Fernando Antonio Brito Fialho, defendeu maior entrosamento entre os órgãos do setor hidroviário e a iniciativa privada. “As autoridades portuárias têm de ter uma gestão mais profissional, além de um arcabouço jurídico mais flexível”, afirmou. Conforme Fialho, há interesse e “apetite” do mercado financeiro para investir na infraestrutura nacional, mas o País precisa facilitar esse investimento.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira
Agência Câmara de Notícias
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRANSPORTE-E-TRANSITO/203022-DEBATEDORES-DEFENDEM-MAIS-INVESTIMENTO-EM-PORTOS-E-HIDROVIAS.html
Grandes hidrelétricas como a de Belo Monte podem viabilizar definitivamente a Hidrovia do Xingu. |
Para consolidar a Integração Sul-Americana é fundamental a construção de obras como eclusas e canais que permitam integração e plena navegação dos rios das Bacias Platina, Amazônia e do Orinoco. |
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