12 de novembro de 2009 | 8h 53
Pyongyang diz que Seul 'pagará caro' por troca de tiros no mar
Coreia do Norte afirma que incidente é parte de conspiração sul-coreana para sabotar diálogo com os EUA
estadao.com.br
A Coreia do Norte disse nesta quinta-feira, 12, que a Coreia do Sul irá "pagar caro" por ter disparado na terça-feira contra um barco de patrulha norte-coreano, num incidente que agrava a tensão entre os dois países e foi o primeiro conflito em sete anos.
A ameaça, publicada no diário estatal Rodong Sinmun, ocorre em meio a relatos de que funcionários de ambos os lados teriam se reunido recentemente para discutir uma possível cúpula entre seus líderes, mas sem chegar a um acordo. "Belicistas que gostam de brincar com fogo com certeza pagarão caro", disse editorial do Rodong, acrescentando que o regime comunista vinha tomando medidas para atenuar a tensão e forjar uma cooperação com o Sul, e que "a situação geral da península coreana ruma para uma resolução dos problemas por meio do diálogo".
"O confronto armado no mar do Oeste (mar Amarelo) não foi um acidente, e sim um ato premeditado de agressão pelos militares do Sul em busca de intensificar as tensões na península coreana". As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que o conflito travado entre 1950 e 1953 terminou apenas com um armistício, e não com um acordo de paz.
Seul e Pyongyang trocam acusações sobre quem teria dado início à escaramuça. Para a Coreia do Sul, um navio militar norte-coreano violou os limites fixados em 1953 pela ONU, a oeste da Península Coreana. Depois de tentar contato por rádio cinco vezes, a embarcação sul-coreana teria recebido 50 disparos como resposta. Os sul-coreanos responderam efetuando 200 disparos que acabaram incendiando o navio norte-coreano. Seul enviou mais dois navios à região.
Um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano confirmou nesta quinta que Pyongyang sofreu a baixa de um marinheiro no enfrentamento nas águas do Mar Ocidental (Mar Amarelo), enquanto na embarcação sul-coreana, apesar de ter sido atingida por quinze disparos, não teve nenhuma vítima. A patrulha norte-coreana, de acordo com as mesmas fontes, retornou às suas águas envolvido em chamas e teve que ser rebocado.
"Outro navio ajudou-a a chegar ao porto, embora a embarcação estivesse em bom estado como para se proteger em seu caminho outra vez para casa", assegurou o porta-voz, que se negou a revelar o nome do porto.
Potências regionais tentam atualmente atrair a Coreia do Norte de volta para as negociações multilaterais a respeito do seu programa de armas nucleares. A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que o incidente não irá afetar a disposição dos EUA para enviar à região seu representante especial Stephen Bosworth.
A Coreia do Norte disse nesta quinta-feira, 12, que a Coreia do Sul irá "pagar caro" por ter disparado na terça-feira contra um barco de patrulha norte-coreano, num incidente que agrava a tensão entre os dois países e foi o primeiro conflito em sete anos.
A ameaça, publicada no diário estatal Rodong Sinmun, ocorre em meio a relatos de que funcionários de ambos os lados teriam se reunido recentemente para discutir uma possível cúpula entre seus líderes, mas sem chegar a um acordo. "Belicistas que gostam de brincar com fogo com certeza pagarão caro", disse editorial do Rodong, acrescentando que o regime comunista vinha tomando medidas para atenuar a tensão e forjar uma cooperação com o Sul, e que "a situação geral da península coreana ruma para uma resolução dos problemas por meio do diálogo".
"O confronto armado no mar do Oeste (mar Amarelo) não foi um acidente, e sim um ato premeditado de agressão pelos militares do Sul em busca de intensificar as tensões na península coreana". As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que o conflito travado entre 1950 e 1953 terminou apenas com um armistício, e não com um acordo de paz.
Seul e Pyongyang trocam acusações sobre quem teria dado início à escaramuça. Para a Coreia do Sul, um navio militar norte-coreano violou os limites fixados em 1953 pela ONU, a oeste da Península Coreana. Depois de tentar contato por rádio cinco vezes, a embarcação sul-coreana teria recebido 50 disparos como resposta. Os sul-coreanos responderam efetuando 200 disparos que acabaram incendiando o navio norte-coreano. Seul enviou mais dois navios à região.
Um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano confirmou nesta quinta que Pyongyang sofreu a baixa de um marinheiro no enfrentamento nas águas do Mar Ocidental (Mar Amarelo), enquanto na embarcação sul-coreana, apesar de ter sido atingida por quinze disparos, não teve nenhuma vítima. A patrulha norte-coreana, de acordo com as mesmas fontes, retornou às suas águas envolvido em chamas e teve que ser rebocado.
"Outro navio ajudou-a a chegar ao porto, embora a embarcação estivesse em bom estado como para se proteger em seu caminho outra vez para casa", assegurou o porta-voz, que se negou a revelar o nome do porto.
Potências regionais tentam atualmente atrair a Coreia do Norte de volta para as negociações multilaterais a respeito do seu programa de armas nucleares. A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que o incidente não irá afetar a disposição dos EUA para enviar à região seu representante especial Stephen Bosworth.
A Coreia do Norte habitualmente usa ações militares para ganhar espaço na pauta de eventos diplomáticos, e recentemente provocou alarme ao anunciar a produção de mais plutônio passível de uso em armas nucleares. O incidente fez crescer os rumores de que o líder norte-coreano, Kim Jong-il, esteja tentando fomentar a tensão para tirar vantagens de uma possível negociação com os EUA.
(Com Reuters e Efe)
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Especial: As armas e ambições das potências nucleares
Linha do tempo da ameaça nuclear norte-coreana
Conheça o arsenal de mísseis norte-coreano
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