quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Poder Judiciário colombiano veta acordo que permitia a instalação de bases americanas na Colômbia

R7

17/08/2010

Justiça da Colômbia rejeita acordo com EUA sobre bases militares

Suprema Corte diz que o polêmico tratado sobre as bases viola a Constituição
Do R7

A Suprema Corte colombiana rejeitou nesta terça-feira (17) o acordo firmado em 2009 entre os governos dos Estados Unidos e da Colômbia para a instalação sete bases militares e a presença de tropas americanas no país. Os magistrados disseram que o tratado viola a Constituição.

Segundo decisão do presidente da Suprema Corte, ministro Mauricio González Cuervo, o convênio deve ser discutido no Congresso colombiano. Para outro magistrado, Jorge Iván Palacio, o tratado precisa ser redefinido, já que o ponto que fala da presença de tropas estrangeiras no país viola a lei colombiana. As informações são do jornal El Espectador.

Santos, que tomou posse há menos de duas semanas, era ministro da Defesa de Uribe na época da assinatura do tratado, que provocou polêmica na região

O acordo para o uso por parte das Forças Armadas dos EUA de sete bases militares em território colombiano provocou muita polêmica no continente. A negociação foi tema de um encontro da Unasul, em Bariloche, na Argentina, no ano passado.

A decisão do ex-presidente Álvaro Uribe irritou sobretudo o líder venezuelano Hugo Chávez. O acordo também provocou mal-estar no governo brasileiro, que não escondeu o desconforto com o projeto.

Congresso não decidiu sobre tratado

O tratado das bases foi firmado em outubro do ano passado apenas pelos dois governos, sem a participação do Congresso dos dois países. Esse tipo de documento é conhecido como executive agreement.

O pacto foi firmado entre o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, e o embaixador norte-americano em Bogotá, William Brownfield.

Atualmente 800 militares e 600 contratados americanos possuem autorização para permanecer na Colômbia apoiando as operações contra o narcotráfico e a guerrilha esquerdista, número que se manterá com o convênio.

Bases seriam parte de plano contra drogas

A presença de bases militares dos EUA em solo colombiano foi defendida como uma medida para combater o tráfico de drogas no país.

Os EUA são o principal aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico e os grupos armados ilegais vinculados a essa atividade e desde o ano 2000 forneceu mais de US$ 6 bilhões (R$ 10,4 bilhões) a Bogotá.

O tratado foi sobretudo defendido pelo ex-presidente Uribe. À época, o ministro da Defesa era o atual presidente, Juan Manuel Santos, que tomou posse no último dia 7. Santos deixou o ministério em maio de 2009, antes da assinatura do acordo, mas esteve envolvido nas negociações.

Santos ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.






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Santos, o novo Presidente da Colômbia defende a soberania do país para diminuir a dependência dos Estados Unidos e se diferenciar da imagem do ex-Presidente Álvaro Uribe. O ex-presidente era criticado pela subserviência aos interesses americanos que levaram os críticos a apelidá-lo de "cachorrinho dos EUA".


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